Agronegócio

Bloqueios em MT podem atrasar entrega de milho nos portos

Os protestos de caminhoneiros, com bloqueios em rodovias do Brasil, preocupam os produtores de Mato Grosso. Eles temem que se o movimento continuar o escoamento do milho até os portos fique comprometido. "Começou a atrasar a entrega de produto. Os caminhões estão parados à beira da rodovia, a colheita de milho está quase terminando e falta espaço nos silos", disse ao Grupo Estado, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Endrigo Dalcin.

"Isso pode causar um problema para a exportação, pois atrasa a retirada do milho dos armazéns. Os embarques de milho podem se estender até janeiro, quando nós iniciamos a colheita de soja."

Caminhoneiros protestam em todo o País contra o reajuste do PIS/Cofins sobre os combustíveis. Em Mato Grosso, segundo a concessionária Rota do Oeste, ocorreram bloqueios na BR-163 na sexta-feira no km 599 em Nova Mutum, km 686 em Lucas do Rio Verde e km 747 em Sorriso. Durante o bloqueio, os caminhoneiros impedem a passagem de veículos de carga, porém os que transportam carga viva e perecível e os demais tipos de veículos tinham passagem liberada, conforme informações da concessionária.

Segundo Dalcin, o ritmo dos embarques de grãos para os portos diminuiu, mas o fluxo não foi totalmente paralisado, porque as barreiras estão sendo abertas em alguns períodos do dia. "Os caminhões são carregados no armazém, mas param nas barreiras, e isso está retardando a exportação."

Segundo o presidente da Aprosoja-MT, da fazenda para os armazéns produtores têm conseguido transportar o milho normalmente. A preocupação é mesmo com fluxo direcionado aos portos, especialmente por causa da intensa participação de produtores do Estado nos leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP).

"Precisamos exportar mais ou menos 5 milhões de toneladas por mês para poder retirar o milho vendido por produtores que estão participando dos leilões. A gente precisa abrir espaço nos armazéns", destacou o presidente da Aprosoja-MT.

O recebimento de insumos para o plantio de soja, que começa em setembro em Mato Grosso, também está mais lento devido aos bloqueios. "Produtores estão recebendo adubo agora e a partir da segunda quinzena de agosto começam a receber semente de soja", apontou Dalcin.

Redação

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