Mais de 1.900 estudantes da Universidade Federal Mato Grosso (UFMT) serão afetados pelo novo bloqueio de recursos do Ministério da Educação (MEC). De acordo com o reitor da unidade, professor Evandro Soares da Silva, a UFMT tem apenas R$ 10 mil em caixa para o pagamento das despesas, incluindo as bolsas e auxilios oferecidas à estudantes em vulnerabilidade socioeconômica.
Nesta terça-feira (6), o reitorado da instituição se reuniu com representantes dos servidores docentes, técnicos-administrativos e estudantes para discutir a situação financeira da universidade, que vem sofrendo com os cortes de recursos por parte da União desde o último dia 1º de dezembro.
“O quadro é preocupante e exige medidas duras, pois não se trata somente de um problema interno orçamentário. Com os últimos bloqueios, a UFMT está com um déficit financeiro para pagamento das despesas liquidadas, a curto prazo, na ordem de R$ 5,2 milhões”, citou.
Mais cedo, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que não conseguirá pagar as bolsas dos cerca de 14 mil médicos residentes que trabalham em hospitais universitários federais do país.
Segundo a pasta, o contingenciamento se deu para que o governo pudesse pagar R$ 2,3 bilhões a mais da Previdência Social. A unidade informou que ainda está fazendo o levantamento sobre o impacto em Mato Grosso. Contudo, pontuou que além dos alunos, a falta de verba também afeta nos pagamentos de serviços essenciais para o funcionamento da universidade.
Somente para o pagamento de cerca de 1.900 bolsas e auxílios a estudantes dos Câmpus de Cuiabá, Várzea, Grande, Sinop e Araguaia (unidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia) é necessário o montante de um milhão de reais.
Os contratos que podem ficar sem pagamento são da ordem de aproximadamente R$ 3,2 milhões. “As despesas de energia elétrica, água, limpeza, segurança e demais serviços básicos que ficam sem recursos para pagamento”, finalizou.