Os responsáveis pela invenção são os pesquisadores do Bristol Robotics Laboratory, na cidade de Bristol, na Inglaterra. Estes cientistas desenvolveram uma tecnologia capaz de converter a urina em eletricidade. Com o projeto ainda em andamento, eles mostraram o que tinham feito e ganharam o apoio de Gates.
Na apresentação que foi feita à fundação, o sistema foi utilizado para dar uma carga em um telefone celular. A sua tecnologia impressionou tanto que acabou recebendo um belo reconhecimento: foi premiada com uma bolsa da fundação para que sua pesquisa possa ser levada adiante.
O funcionamento é “simples”: foi criada uma espécie de célula que contém um grupo de micro-organismos capaz de utilizar a urina, “quebrá-la” e gerar esta eletricidade. Todo este processo ocorre em uma estrutura com os conversores para realizar a sucção da urina com um cabo. Deles, saem a eletricidade e também o “resto” da urina.
Os pesquisadores afirmam que o maior desafio do projeto no momento é criar um grande número de conversores para conseguir realizar conversões significativas de energia. Seu trabalho parece “nojento”, porém a longo prazo pode se tornar uma grande revolução que permitiria, por exemplo, uma pessoa criar energia elétrica a partir do seu próprio banheiro.
A ideia da fundação de Bill Gates é justamente estimular inovações como esta, que têm o potencial para não só melhorar as condições de saneamento básico como também fazer dos dejetos humanos algo útil de alguma maneira. Resta acompanhar o desenvolvimento desta tecnologia e torcer para que ela saia do papel e explore todo o seu potencial.
Olhar Digital