Foram 24 anos de seleção. 16 anos no time masculino. À frente das equipes feminina e masculina do Brasil, ele conquistou seis medalhas, duas dela de ouro. A última nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E foi exatamente em sua casa que ele se despediu da seleção. A história do vôlei brasileiro se confunde com Bernardinho, que deixou o comando nesta quarta-feira.
Está certo que o vôlei foi campeão olímpico e teve nomes grandes antes da entrada dele como técnico. Mas, foi após sua chegada que a modalidade atingiu um patamar, até então, inalcançável no país. Se são 16 anos do técnico no comando do time, são 16 anos da seleção entre os primeiros colocados em Liga Mundial, Mundial e Olimpíada.
Giba, Ricardinho, Bruninho, Maurício, Nalbert, Serginho, Giovane. Todos esses craques e muitos outros foram comandados por Bernardinho neste período.
Com jeito duro e personalidade forte, ele teve de aguentar críticas em derrotas marcantes, como em Pequim-2008 e Londres-2012, bateu de frente até com Ary Graça, presidente da Federação Internacional de Vôlei, e superou até um tumor maligno do rim no mesmo período em que mantinha o Brasil entre as melhores equipes do mundo. Longe do banco de reservas, Bernardinho seguirá trabalhando na Confederação Brasileira de Vôlei. Ele será coordenador da seleção masculina e também fará um trabalho integrado com a base.
Renan dal Zotto, que trabalhou como diretor de seleções no último ciclo olímpico, assume o papel de treinador daqui para frente.
Fonte: UOL