Antes se acreditava que as fibras seriam importantes apenas para o intestino. Para os constipados (intestino preso) era indicado comer mais fibras, mas com o avanço das pesquisas científicas descobriu-se que o consumo adequado das fibras, em torno de 25g ao dia por pessoa, reduz o risco de desenvolvimento de doenças crônicas como: doença arterial coronariana (DAC), acidente vascular cerebral (derrame; AVC), aumento da pressão arterial, diabetes mellitus e algumas desordens gastrintestinais. Além disso, o consumo das fibras melhora os níveis de colesterol no sangue, auxilia na redução do peso corporal e ainda melhora o sistema de defesa do organismo.
As fibras são polissacarídeos e polímeros de fenóis encontrados na composição de alguns alimentos, e resistem à ação das enzimas digestivas humanas. Podem ser parcialmente digeridas pelas bactérias do intestino ou excretadas nas fezes. As fibras ajudam em muito a manutenção da flora intestinal saudável, ou seja, possuir mais bactérias boas e saudáveis do que as que causam doenças que ajudarão no bom funcionamento do sistema de defesa do nosso organismo, bem como para a absorção adequada de nutrientes, fundamentais para nossa saúde.
As fibras são de dois tipos: as solúveis, ou seja, que se diluem em água e formam géis; e as insolúveis, ou seja, que não se dissolvem em água. As fibras solúveis no trato digestivo retardam o esvaziamento do estômago, diminuindo assim a absorção de carboidratos e colesterol. São substratos para fermentação bacteriana, que resultam em gases (hidrogênio, metano e dióxido de carbono), e são transformados em gorduras de cadeia curta (ácidos graxos de cadeia curta AGCC), que são alimentos para as bactérias do intestino.
As fibras estão presentes principalmente nas frutas e verduras, mas também em cereais (aveia, linhaça, chia) e leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha).
O excesso de fibras solúveis (acima de 50g) pode provocar aumento da fermentação intestinal, com intensa produção de gases e até diarreia.
As fibras insolúveis: celulose (fibras vegetais), hemicelulose, amido resistente (biomassa da banana verde, por exemplo) e lignina da linhaça. Essas fibras aumentam o peso e a maciez das fezes, diminuindo a constipação intestinal. Para serem mais bem absorvidas e ajudarem o intestino é necessário o consumo de bastante água.