Opinião

BENÇÃOS DIVINAS

Assim se encerrou a tradicional festa circular Senhor Divino 2017, da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, no passar do dia 24 de junho com a Santa Missa, procissão e quermesse, em frente à Catedral. Sob as bênçãos do Espírito Santo, tocou na alma do Imperador Júlio César de Almeida Braz e da Imperatriz Claudineia Vendramine Fávaro, dos festeiros titulares e promissários, que sempre serrão tocados pelas bênçãos divinas. A Catedral Basílica superlotada de fiéis que acompanhavam a procissão levando os dons divinos nos quatros costados da cuiabania. O Cura da Catedral Padre Edmilton da Mota comandava a multidão com orações que tocavam os corações dos fiéis. A Festa do Senhor Divino nos faz lembrar sempre dos nossos entres queridos, principalmente das senhoras Telé Vieira, Mariana Palma, Lurdes Oliveira, Aidinha Epaminondas, Marta Papazian, Libania Lobo, Orestina Figure, Elza Nigro e Helena Candia de Figueiredo, dentre outras senhoras que movimentavam a antiga Matriz. Quando toca o Hino do Divino, os nossos sentimentos tocam a alma e mexem com a alma humana cheia de bênçãos divinas!

 

Gastronomia Divina

Tudo aconteceu na tradicional Rua Antônio Maria, lembrada Rua da Piçarra, ali a multidão se reuniu para a degustação dos variados sabores das barracas das famílias cuiabanas na quermesse da Festa do Senhor Divino. As delícias oferecidas eram: salgados, maria-izabel, bobó de galinha, estrogonofe, revirado, vatapá, tortas, bolos e doces, tudo estava saboroso como uma verdadeira gastronomia divina. Esse Largo da Matriz nos faz lembrar muito das figuras históricas: Preta, Zara Mela (Cabeça de Gamela), Antônio Peteté, Mexidinha, Maria Vaca Preta, Zé Bolo Flor, que faziam as suas aparições na festa do Senhor Divino como fonte das atenções. As delícias oferecidas em matéria da boa gastronomia divina exalavam o cheiro tão agradável e convidativo para uma boa degustação. O destaque da noite foi para a barraca de bolos e doces, comandada pelas senhoras: Neide Calmon Tenuta, Rose Barbosa Arruda, Edileuza Zorgetti Monteiro da Silva, Claudineia Fávaro e Viviane Vilela de Freitas Maluf. Só sei dizer que as celebrações em torno do Espírito Santo 2017 marcaram o calendário das tradicionais festas religiosas da capital.

 

O Silêncio de Junho

Antigamente, quando chegava o mês de junho, os lendários bairros do Porto, Baú, Areão e Lixeira eram uma verdadeira locomotiva nas celebrações das festas de São João, Santo Antônio e São Pedro. A agitação era o ponto alto nas casas de: Jujá, Guilhermina, Mestre Bento, Juvina da Bola de Ouro, Filuca, Maria de Chico Boleiro, Zezé Maria, entre outros que celebravam o mês de junho. E também a concorrência era muita nos cabarés do lendário bairro do Baú, celebrava-se São João degolado, eram três dias de festa com direito a chá com bolo, almoço e baile, lavagem de santo que ocorria nas altas madrugadas com foguetórios que despertavam a população cuiabana. A festa da Juvenilha interditava a Rua São Francisco, onde, no chá com bolo, o destaque era o bolo de arroz e de queijo, ambos saíam “tinindo” do forno a brasa e ia passando de mão em mão para uma boa degustação. Chega o mês de junho, o silêncio é total nas celebrações de uma tradição que passou de geração em geração; hoje, o essencial é o dinheiro, é o fortalecimento dos bens materiais.

 

Carlinhos Alves Corrêa

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