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Bebê que surpreendeu médicos ao sobreviver ao ebola completa 1 ano

Nubia com a tia que cuida dela, Mabinty Soumah (Foto: Albert Masias/MSF

Nubia, uma criança da Guiné que surpreendeu os médicos ao sobreviver ao ebola após a mãe infectada com a doença morrer no pós-parto, completa um ano nesta quinta-feira (27).

Segundo a organização Médicos sem Fronteiras (MSF), que cuidou dela, é o primeiro caso conhecido de um recém-nascido que sobreviveu ao ebola. Durante a epidemia, bebês filhos de mães infectadas viviam por apenas algumas horas.

Mas Nubia resistiu, contrariando os prognósticos. Por isso, a menina é descrita pela ONG como “um símbolo de esperança e resiliência”.

Nubia foi cuidada em uma zona de isolamento, em que só se podia entrar com vestimentas de proteção. Recebeu dois medicamentos experimentais e, a cada hora, a equipe de médicos se revezava para checar sua respiração e seus batimentos cardíacos. Regularmente, as enfermeiras do berçário iam até a área isolada para pegá-la no colo, alimentá-la e trocar suas fraldas.

A bebê ficou doente várias vezes, mas, gradualmente, melhorou. Um mês depois, os exames mostraram que ela havia se curado. No dia 28 de novembro, recebeu alta do centro de tratamento. Ela foi também o último caso da doença reportado na Guiné.

Sua mãe, Mamasta, perdeu muito sangue no parto – o ebola aumenta muito as chances de hemorragia grave. Sua condição se deteriorou rapidamente após o nascimento, e ela acabou morrendo.

A menina agora vive em Conacri com uma tia materna. Seu meio-irmão, M’Bemba, que é mais velho que ela, também sobreviveu ao vírus e vive em outra parte da cidade com outra tia. A família perdeu vários membros para a doença.

Nome é homenagem a brasileira
A bebê ganhou o nome em homenagem à enfermeira brasileira Nubia Aguiar, que fazia parte da equipe que cuidou dela.

“Apesar de estar longe, estou emocionada em saber que a bebê está fazendo um ano. Que alegria ter participado desta linda história", escreveu a enfermeira, que atualmente está no Haiti, ajudando vítimas do furacão Matthew. "Tenho certeza de que ela viverá bastante para contar sua própria história um dia e todos ficaremos felizes em ouvi-la. Desejo muita saúde e felicidade”, diz a mensagem.

O surto de ebola que se alastrou pela África Ocidental a partir de dezembro de 2013 foi o mais grave desde a identificação do vírus, em 1976.  A doença infectou mais de 28.700 pessoas e matou mais de 11.300 homens, mulheres e crianças, segundo dados da MSF. Guiné, Libéria e Serra Leoa concentraram mais de 99% dos casos.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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