Nacional

Bebê com ‘ossos de vidro’ morre dentro de casa, em Goiânia

 
A suspeita é de que a criança tenha tido complicações em decorrência de uma pneumonia. Segundo a pediatra que acompanha o bebê, Paula Pires, há duas semanas, ele foi internado na UTI do Hospital da Criança com um quadro grave da doença. Recebeu alta uma semana depois, mas, já em casa, voltou a ter sintomas como febre, vômito e tosse constante.
 
Por ser extremamente frágil e exigir cuidados especiais, o bebê viveu no hospital até 1 ano e 5 meses, e só ganhou alta médica no último dia 17 de fevereiro, quando foi levado para a casa da avó materna, Juraci Quintino, no Setor Caravelas, na capital. Ela conseguiu na Justiça a guarda provisória da criança depois que a mãe alegou não ter condições de criá-la e disse que iria colocá-la para adoção.
 
De acordo com Juraci Quintino, o neto acordou tossindo muito, fraco e não conseguia respirar direito. Quando o Samu chegou, ela conta que o menino não apresentava mais sinais de vida. Os socorristas tentaram reanimá-lo por cerca de 30 minutos, mas o bebê não resistiu. "Ele já estava comigo há três meses e agora saiu assim, tão rápido. Não quero aceitar", disse Juraci ao G1.
 
Como morreu em casa, o corpo do menino foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e, até as 13h30, ainda não havia previsão de quando seria liberado. O velório e o enterro serão na casa da avó paterna, na cidade de Avelinópolis, a cerca de 60 km de Goiânia.
 
'Ossos de vidro'
Conhecida como 'ossos de vidro', a osteogênese imperfeita ocorre por uma deficiência na produção de colágeno, proteína que dá sustentação às células dos ossos, tendões e da pele. Por causa da enfermidade, o bebê nasceu, no dia 30 de agosto de 2012, com inúmeras fraturas pelo corpo, razão pela qual foi levado diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Durante nove meses, o menino respirou com a ajuda de aparelhos.
 
Mesmo na UTI, o bebê quebrou o braço duas vezes ao brincar com um chocalho. Quando teve alta médica, a fisioterapeuta Fernanda Ameloti Gomes Avelino, que cuidou da criança, explicou que ele entendia tudo e tinha um funcionamento cerebral bom.A história da criança ganhou repercussão e mobilizou campanhas de doações. Ainda no hospital, o bebê recebeu ajuda e um dos voluntários, inclusive, pagava o plano de saúde para ele.
 
Para receber a criança, a avó reformou a casa e contou com a ajuda de vizinhos. Os cômodos foram pintados e a sala se transformou no quarto do bebê e dos avós, que devem dormir no mesmo cômodo. Juraci também comprou um guarda-roupa novo para guardar as coisas do menino. A maioria foi doada enquanto ele estava no hospital. Todas as doações que o bebê ganhou foram levadas para a residência, entre elas, o berço e um ursinho, que era o brinquedo preferido dele.
 
G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus