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Beagles localizados em São Roque estão sob guarda de deputado federal

 
Segundo ela, Trípoli foi até a delegacia acompanhar um advogado que teria ficado ferido durante o protesto de sábado, que terminou em confronto e prisões. "Nós estávamos na delegacia quando os investigadores chegaram com os animais.
 
Como o local não oferecia condições e não havia pessoas para cuidar dos animais, o deputado pediu autorização do delegado de plantão para ficar com eles. Ele assinou um termo de fiel depositário dos animais, levou-os para o veterinário e em seguida para casa." Ela informou que não poderia fornecer uma cópia do termo assinado na delegacia. O delegado que liberou os animais não foi encontrado para comentar o assunto.
 
A reportagem tentou entrar em contato com o deputado, mas foi informada que ele está em viagem e não pode receber ligações.
 
Os cães que estão com o deputado fazem parte dos 178 que foram levados na madrugada de sexta-feira (18) pelo grupo de ativistas que invadiu a sede do Instituto Royal. As duas fêmeas foram encontradas por moradores, que acionaram a polícia.
 
Segundo Viviane, desde sábado os animais passam a noite na casa do deputado e durante o dia ficam no escritório dele, em São Paulo.
 
A diretora geral do Instituto Royal, Sílvia Ortiz, criticou a atitude do parlamentar. "Os cães são identificados e devem retornar ao instituto. Estou surpresa com a polícia em ter permitido que os animais fossem levados e também com a atitude do deputado, que sabe que receptação é crime", afirma.
 
De acordo com Viviane, não houve nenhum crime por parte do deputado. "Ele é o único que, hoje, está protegido pela lei para ficar com os animais. Ao assinar o termo, ele se comprometeu a receber os animais em depósito e a não se desfazer deles até a decisão do juiz. O fiel depositário é um colaborador da Justiça", diz.
 
De portas fechadas
O Instituto Royal permanece fechado nesta segunda-feira (21). Os poucos ativistas que estavam na frente do instituto deixaram o local pela manhã. Apenas uma viatura da Polícia Militar permanece na frente do laboratório, por questões de segurança. "Nós estamos pensando na segurança dos funcionários, por isso, não há previsão para voltar aos trabalhos. Agora nós aguardamos o laudo da perícia técnica para a comprovação do vandalismo que destruiu todo o prédio", afirma a diretora geral.
 
Globo.com

Redação

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