Segundo a Sagri, em toda a Grande Belém a estimativa é que existam cerca de sete mil batedores de açaí em atividade, mas só 2.700 são cadastrados na Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel) e destes, menos de 10% estão aptos a vender o produto dentro das normas de higiene estabelecidas pela legislação sanitária do Pará. Aqueles que estão fora do padrão terão que se enquadrar e iniciar o processo de licenciamento na Divisão de Controle de Qualidade de Alimentos da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). O prazo será dado até o dia 5 de outubro.
Em fiscalização realizada em junho deste ano pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Polícia Civil, Vigilância Sanitária e órgãos de defesa do consumidor foram encontrados pontos de venda comercializando açaí adulterado em Belém. Em um deles, os fiscais encontraram açaí batido com papel higiênico, que era usado para engrossar a mistura.Os trabalhadores cadastrados irão fazer parte de novas turmas do curso de boas práticas de processamento do açaí e uso do branqueador, aparelho que higieniza o fruto e elimina quase 100% das impurezas que contaminam o fruto. A capacitação recomeça no dia 12 de agosto, na Sagri. O curso, com duração de um único dia, é obrigatório para todos os funcionários dos pontos de venda.
Selo de Qualidade
Os estabelecimentos que atenderem ao padrão de qualidade do açaí receberão um selo de referência como alimento seguro. A marca do selo será apresentada no dia 5 de agosto em nova reunião do grupo de trabalho do PEQA, na Prefeitura de Belém. Os pontos de venda padronizados terão o nome divulgado numa lista pela internet, para consulta do consumidor que exige comprar um açaí de qualidade, sem riscos à saúde.
G1