Foto Mayke Toscano
A maioria da bancada federal de Mato Grosso concordaram em destinar cerca de R$ 80 milhões em emendas para custear a saúde estadual. Até o mês de maio, o Estado tinha um passivo de R$ 162 milhões com sete Hospitais Regionais, sendo que já foram pagos R$ 110 mi.
A bancada se reuniu com o governador Pedro Taques (PSDB) nesta terça-feira (13), em Brasília, quando sinalizaram pela utilização do recurso na saúde.
“A minha defesa, que foi encaminhada pela maioria, é de que nesse momento a gente socorra a questão do custeio do Estado. Esse recurso daria para socorrer os 141 municípios, com R$ 30 milhões, e o restante para socorrer os sete hospitais e mais o que tem de atrasado em Cuiabá”, disse o deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
Este recurso de R$ 80 mi estava previsto, inicialmente, para a compra de equipamentos ao novo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. De acordo com Leitão, encaminhar esta verba para ajudar no custeio da saúde do Estado é a mais inteligente a se fazer, uma vez que o PS deve ficar pronto somente no meio do ano de 2018.
“Quando não se cuida desses recursos, automaticamente a saúde do interior fica complicada e quem está no interior acaba descarregando em Cuiabá. Então, obviamente não é inteligente deixar dinheiro parado, precisando aplicar dinheiro na saúde”, afirmou Leitão, acrescentando que não seria justo deixar esse dinheiro sem aplicação.
A bancada vai se reunir na próxima semana para definir que medidas poderão ser tomadas em conjunto para auxiliar o Estado no enfrentamento à crise na saúde.
Caos na saúde
Até o mês de maio, o Estado tinha um passivo de mais de R$ 162 milhões, situação que causou aperto financeiro dos Hospitais Regionais, além de algumas paralisações de médicos, em função do atraso dos salários. Para resolver o problema de maneira mais urgente o governador utilizou recursos que estavam no caixa do Estado, que seriam usados para quitação de folha.
“Estamos discutindo um problema que é imediato, de agora, que é a falta de dinheiro para a saúde. O Estado de Mato Grosso estava devendo R$ 162 milhões e pagamos R$ 110 milhões em 14 dias. Precisamos de dinheiro novo e toda a bancada federal está nos ajudando nisso”, disse o governador ao final do encontro.
Outras propostas
O Governo cogitou destinar parte do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para a saúde, mas a proposta não agradou prefeitos e o setor produtivo, que cobram a aplicação dos recursos prioritariamente em infraestrutura de logística.
Para solucionar o embate, uma comissão – com seis deputados, seis prefeitos e a equipe econômica do Governo – foi criada no intuito de montar estratégia para o novo recurso para saúde.
Uma das alternativas vislumbrada para sanar os atrasos de repasses e garantir a pontualidade, de acordo com o líder do Governo do Estado da Assembleia Legislativa, Dilmar Dal’Bosco (DEM), é utilizar R$ 80 milhões que seriam devolvidos pelo Legislativo ao Executivo para a realização de projetos de pavimentação em municípios do interior do Estado.
O líder ainda defendeu que uma alternativa seria a utilização do Fundo do Judiciário e, até mesmo, o dinheiro arrecadado por meio dos acordos de colaboração premiada.
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