Uma balsa que transportava cerca de 100 passageiros naufragou na região central de Bangladesh no domingo (22) após ser atingida por embarcação de carga e deixou ao menos 70 mortos, de acordo com autoridades. A operação de resgate ainda está em andamento, mas não se sabe quantos estão desaparecidos.
A balsa teria sido atingida por uma embarcação de carga em Daulatdia-Paturia, que cruza o rio Padma, disse o oficial do departamento de bombeiros Shahzadi Begum. As equipes de resgate foram mobilizadas e barcos que passavam pela área estariam ajudando na operação, disse ele.
O local fica a 40 km a noroeste de Daca, capital de Bangladesh. Acidentes com balsa são comuns na nação pobre do sul da Ásia que é atravessada por mais de 130 rios. A balsa estava submersa a uma profundidade de até 6 metros, de acordo com o inspetor Zihad Mia, que está supervisionando a operação de resgate.
"Nossos mergulhadores recuperaram seis corpos da balsa, enquanto outro corpo de uma criança foi recuperado mais cedo por pessoas locais", disse Mia por telefone.
Ele explica que as autoridades ainda não poderiam determinar quantos passageiros estão desaparecidos. Balsas em Bangladesh não costumam manter listas formais de passageiros.
"Nós não sabemos quantos estavam na balsa no momento em que ela afundou", disse Mia. "Mas acho que muitos sobreviveram."
Um sobrevivente afirma que muitos passageiros ficaram presos dentro do barco quando houve o naufrágio. "Os passageiros que estavam no convés sobreviveram, mas muitos dos que estavam lá dentro ficaram presos", disse Hafizur Rahman Sheikh ao jornal Prothom Alo.
O Padma é um dos maiores rios de Bangladesh, onde a superlotação e as normas de segurança ruins são muitas vezes causadoras de desastres desse tipo. Em agosto de 2014, uma balsa com capacidade para 85 passageiros foi encontrada carregando mais de 200 quando naufragou no Padma perto de Dhaka, deixando mais de 100 mortos ou desaparecidos.
Na ocasião, o proprietário da balsa foi preso depois de semanas escondido sob a acusação de homicídio culposo e sobrecarga.
Fonte: iG