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Bairro nobre não garante segurança

Estabelecer uma residência próxima ao centro comercial e político de uma grande cidade é o sonho de muitas pessoas. A qualidade de vida proporcionada quando moramos num local de fácil acesso a lojas, universidades e demais opções de cultura e lazer dificilmente pode ser medida apenas pelo poder financeiro, embora o custo de manter um imóvel nessas regiões tenda a ser mais alto. O Boa Esperança, bairro localizado em Cuiabá, é um bom exemplo dessa realidade e que também cobra um alto preço de seus moradores.

Luiza* é estudante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e moradora do Boa Esperança, bairro que abriga a instituição de ensino. A jovem de 19 anos saiu do interior de Mato Grosso em direção à capital em busca de adquirir conhecimentos e experiências que só quem cursa uma faculdade pública – um privilégio no Brasil – pode adquirir. Infelizmente, uma desses episódios deve ficar marcado negativamente na vida de Luiza: em abril deste ano ela e os demais residentes da pensão em que moram foram vítimas de um assalto.

“Estava no meu quarto com uma amiga e de repente um homem armado invadiu nosso dormitório. Havia em torno de dez pessoas na pensão e eles renderam todas. Ficamos deitados com o rosto virado para o chão enquanto eles saqueavam nossos pertences”, conta ela.

O dia 15 de abril de 2014, um sábado, foi a data escolhida por criminosos para o assalto à pensão onde Luiza reside. Quatro homens armados invadiram o local por volta das 21h. Eles renderam os ocupantes do estabelecimento que se encontravam no local, colocaram-nos em um dos quartos e saquearam “joias, notebooks, cheques e dinheiro”, conta Luiza.

A estudante afirma que mesmo nesse momento não pôde contar com ajuda policial. Ela relata que um grupo de amigos, que na hora do assalto veio buscar um dos residentes para uma festa, estranhou a movimentação da casa e o fato de o morador não ter aparecido, mesmo após ser chamado e não responder às mensagens do celular. Luiza afirma que eles se dirigiram à base da Polícia Militar que fica a pouco mais de 200m da pensão, mas que os agentes se recusaram a realizar uma averiguação.

Os pequenos furtos também são um problema para os moradores, a exemplo de Flávio*, que caminhava em direção à república que divide com outros estudantes, também no Boa Esperança, quando teve a carteira e o celular roubados em plena luz do dia, em julho deste ano.

“Me abordaram e pediram para entregar celular e carteira. Ele me ameaçou com uma faca e estava muito nervoso”, diz o jovem de 21 anos.

Confira a matéria na integra. 

Diego Fredericci

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