O Bahia foi autuado no último fim de semana por manter trabalho infantil em suas categorias de base. A fiscalização do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho da Bahia identificou oito jovens atletas até 14 anos nessas condições, entre os meses de julho e agosto deste ano, o que é proibido pela Lei Pelé.
As crianças estavam alojadas em casas de família na vizinhança do próprio clube, no bairro Itinga, em Salvador. Os jovens informaram que estavam sob a responsabilidade de fato de uma senhora e que faziam todas as refeições no Bahia além de frequentarem treinos diariamente e uma escola pública nas proximidades. Os auditores-fiscais constataram que não havia autorização legal dos pais para os jovens estarem no local e que as casas pertenciam a terceiros.
Em uma segunda casa, também próxima ao clube, os auditores do Trabalho identificaram dois adolescentes com idade inferior a 14 anos, hospedados. Eles também estavam sob a responsabilidade da mesma senhora, que informou receber R$ 800 por mês para alojar os jovens e exercer o papel de uma espécie de “mãe social”, até que eles atingissem 14 anos, idade mínima para a contratação como atletas em formação.
As casas eram conhecidas pela população local como “a casa onde ficam os meninos do Bahia”.
Em contato com o jornal A Tarde, o diretor jurídico do clube Vitor Ferraz confirmou ter recebido a autuação, mas negou exercer qualquer tipo de pagamento para a senhora citada pelo MPT.
“O Bahia não paga alojamento para nenhum atleta. A partir dos 14 anos, eles podem receber auxílio moradia e eles próprios providenciam. Não temos responsabilidade sobre esse local”, disse Ferraz. “Nas escolinhas, os meninos realizam um trabalho recreativo, três vezes por semana. Só quando fazem 14 anos podem vir a ser avaliados pelo Bahia. Tanto na escolinha quanto para a entrada no clube exigimos autorização dos responsáveis e exames médicos.”
Todo ano de véspera de Copa do Mundo tem Copa das Confederações. Mas a partir de 2021, não será mais assim. A Fifa promete colocar em prática um Super Mundial entre 24 clubes de todo o mundo no lugar do torneio de seleções. As informações são do jornal espanhol Mundo Deportivo. Para o Brasil, que conquistou o troféu pela última vez em 2012, com o Corinthians, será uma novidade bem-vinda ou algo que dificultará ainda mais as chances de vencer?