No dia 3, uma denúncia levou à apreensão de 413 kg de cocaína e pasta base após o avião pousar na área de reserva, localizada a 30 km da sede administrativa da pousada. Naquela ação, dois suspeitos foram mortos em um tiroteio com agentes da Polícia Federal. Durante o confronto, o trem de pouso do avião foi atingido e, segundo a assessoria de imprensa da PF, é o que impossibilitou que a aeronave fosse encaminhada para Cuiabá após ser apreendida.
Ainda segundo a Polícia Federal, o setor da Superintendência de Combate ao Tráfico analisa outro meio para realizar o transporte e, enquanto isso, o avião continua na pista. Não há policiais federais realizando a fiscalização na região.
Esquema
Apesar da atuação criminosa ocorrer em uma pista de pouso regular, de propriedade privada, a quadrilha contou com o auxílio de um funcionário do hotel, responsável pela manutenção da reserva, para dar apoio no descarregamento do entorpecente.
Em depoimento à polícia ao ser preso, o funcionário confessou que receberia o valor de R$ 1 mil para ajudar os traficantes no transporte da droga em solo. Ele continua preso. O piloto foi preso pelos agentes dois dias depois da fuga e está na Penitenciária Central do Estado, antigo presídio do Pascoal Ramos, na capital.
O delegado Josean Severo disse em entrevista ao G1 que estima que uma tonelada e meia de droga tem entrado no pantanal, por meio de aviões de pequeno porte, a cada 15 dias. Pelo menos cinco pistas de pouso clandestinas já foram identificadas pela Polícia Federal na região somente nos últimos três meses do ano.
G1