Na reunião que ocorre no 54º Batalhão de Infantaria de Selva, em Humaitá, estão sendo traçadas as ações de atendimento emergencial aos índios, isolados nas aldeias desde o dia 25 de dezembro, quando moradores da cidade atearam fogo na unidade da Fundação Nacional do Índio (Funai) em protesto pelo desaparecimento de Luciano Freire, Aldeney Salvador e Stef Pinheiro.
Segundo o comandante Militar da Amazônia, general Villas Bôas, o principal ponto do encontro é construir alternativas para que os índios não voltem a cobrar pedágio na BR-230, a Transamazônica, que corta a reserva. “Vamos estudar medidas de caráter emergencial e outras de médio e longo prazos com vistas a criar mecanismos, programas e projetos que proporcionem aos índios algum tipo de renda alternativa para eles não se apoiarem no pedágio”.
Os três moradores locais desaparecidos foram vistos pela última ve, no dia 16 de dezembro, quando passavam de carro no quilômetro 85 da Transamazônica, na reserva indígena Tenharim Marmelos. Moradores da cidade acusam os índios de terem sequestrado os homens em represália à morte do cacique Ivan Tenharim. A Polícia Federal está investigando o caso.
A tarde, haverá uma reunião na reserva, com os índios, para apresentar as ações tomadas para superar o impasse. De acordo com Villas Bôas, amanhã (13), uma equipe interministerial estará na região para elaborar e desenvolver programas de assistência aos indígenas. Eles também dialogarão com representantes de fazendeiros e madeireiros para tentar restabelecer a convivência pacífica entre índios e não índios.
Agência Brasil