Reunidos em uma Corte Marcial em Fort Hood, os 13 membros do júri militar tomaram a decisão de forma unânime, após quatro horas de deliberações.
Na semana passada, Nidal Hasan, de 42 anos, havia sido considerado culpado das 45 acusações que pesavam contra ele.
Uma coronel militar, cujo nome não foi informado, anunciou que o condenado será expulso do Exército e perderá todos os seus benefícios salariais.
Hassan, de origem muçulmana, escolheu defender a si mesmo e abertamente declarou-se culpado do tiroteio.
Sua atitude perante o júri – ele não convocou testemunhas e não quis apresentar as alegações finais – evidenciavam sua intenção de ser condenado à pena de morte.
Em 5 de novembro de 2009, Hassan abriu fogo contra seus colegas em Fort Hood.
Doze dos 13 mortos e 30 dos 32 feridos eram militares.
Ele é o primeiro militar condenado à morte desde 2005, quando o ex-sargento Hasan Akbar foi sentenciado por ter matado dois soldados durante um ataque com granadas e disparos no Kuwait, em 2003. Uma apelação por problemas psiquiátricos continua em curso.
Se Nidal Hasan for executado, será a primeira execução de um militar nos últimos 52 anos, segundo o jornal "New York Times".
As execuções de soldados nos Estados Unidos são pouco frequentes e necessitam da aprovação do presidente.
O acusado é considerado um "lobo solitário" da rede terrorisda da Al-Qaeda.
Ele admitiu, reiteradamente, que matou 12 militares e um civil, além de ter feridos dezenas de pessoas em Fort Hood, em 5 de novembro de 2009. Seu objetivo era impedir que soldados participassem das guerras do Afeganistão e do Iraque, as quais Hasan considera ilegais.
O promotor militar Steven Henricks disse que Hasan, que seria enviado para o Afeganistão, pensava em cumprir "seu dever de matar (em nome da) Jihad".
Hassan deve ser executado por injeção letal.
G1