Luiz Carlos Romani, engenheiro civil, de 59 anos, foi a Avenida Paulista nesta sexta-feira (13) para acompanhar o protesto marcado pelo grupo Revoltados On Line, que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ato foi agendado para às 15h, no mesmo horário e local em que acontece a manifestação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas, até às 16h30, o grupo não tinha começado a se movimentar.
"Vim ver os revoltosos. Queria ver esse 'esquenta' para o protesto de domingo e ver como seria o confronto entre eles e esse pessoal da CUT", diz Romani, que se abrigou sob um toldo de uma loja do McDonald's e se dizia incomformado com o tamanho do protest da CUT sob temporal.
Ele estava chateado pela ausência do grupo anti-Dilma. "Mas acho que eles foram inteligentes. Não teria como eles baterem de frente com esse tanto de gente", diz. A expectativa é que o protesto do próximo domingo (15) seja maior. "No domingo estarei aqui. Acho que vai estar lotado também. Mas, claro, CUT e MST sãoo profissionais em protestos. Espero que os superemos."
Romani estava presente, em 1992, nos atos que pediram o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. "Me lembro bem que em 1992 eu estava no protesto que derrubou o Collor, no Vale do Anhangabaú, ao lado desses caras da CUT. Agora, eles vem dizer que pedir impeachment é golpismo e ficam se revoltando? Acho justo pedir pela saída da presidente, é um direitp do povo. O Congresso que vai decidir", afirma.
O engenheiro diz que votou no tucano Aécio Neves por falta de opção e criticou o MST por vir ao ato. "Doze anos de PT e eles ainda nao têm terra pra viver? Tem algo errado em continuarem defendendo o governo."
Fonte: iG