Foto: Internauta
Circula no WhatsApp um áudio que seria de detentos da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira Ferrugem, em Sinop (500km de Cuiabá-MT) logo após a execução de cinco deles. O cilma é de tensão e as as negociações entre as forças de segurança do Governo do Estado e os presos rebelados suspensas devido ao horário e por questões de segurança. A rebelião foi contida e está restrita a um setor da unidade prisional. As negociações devem ser retomadas na manhã desta quarta-feira (12.04).
A segurança foi reforçada dentro da penitenciária e também no perímetro externo. Vão permanecer dentro da unidade agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE) e Corpo de Bombeiros.
O Comitê de Crise criado pelas forças de segurança tem representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Defensoria Pública.
Início da rebelião
A rebelião começou entre 5h30 e 6h. Os presos começaram a bater nas grades no momento em que os agentes se preparavam para a troca de serviço. Agentes que estavam nas torres observaram uma movimentação estranha. Quando os servidores foram verificar o que estava acontecendo no raio Azul, foram recebidos com disparos de arma de fogo.
A Secretaria de Segurança Pública apurou que os presos estavam com dois revólveres e os serviços de inteligência estão investigando como o armamento chegou até os detentos.
Até o momento foram confirmadas quatro mortes de detentos em confrontos entre si mesmos e um que morreu após infartar. Nenhum agente prisional ou servidor público ficou ferido. Alguns detentos feridos nos confrontos entre os presos foram socorridos e encaminhados a unidades de saúde da cidade.
Identificação
De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), morreram na rebelião: Reginaldo Agostinho, que respondia pelo crime de tráfico de drogas; Bruno Aparecido Bezerra, preso por roubo; Marcelo Viturião Carvalho, preso por latrocínio; Isauro Pedro Gonçalves, que respondia por crime sexual; e José de Souza Silva, condenado por roubo. Os corpos das cinco vítimas estão no Instituto Médico Legal (IML) de Sinop.
O detento José de Souza Silva, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, sofreu um infarto, foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros mas não resistiu e morreu. Anteriormente, o Gabinete de Comunicação informou de forma equivocada que o detento Isauro teria sido vítima de infarto. A informação foi corrigida no início da noite.
Outros 17 detentos ficaram feridos na rebelião. De acordo com o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o primeiro atendimento foi feito na própria enfermaria do presídio. O preso sofreu um infarto foi conduzido ao pronto-socorro de Sinop bem como outro detento que foi atingido por um tiro no tórax. Mais tarde, alguns dos feridos foram levados para o Hospital Regional por uma unidade do Corpo de Bombeiros.
Desde a metade da manhã desta terça-feira as forças de segurança tomaram a área externa da penitenciária, o que garante a segurança da população e impede que haja fuga do presídio.
Com Gecom-MT