Nove dias, entre 18 de abril e 26 de maio, foram reservados pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado, para realizar as audiências da quarta fase da ação penal oriunda da Sodoma, no Fórum de Cuiabá (MT). Todas as oitivas com previsão de início às 13h30.
A determinação foi proferida na última sexta-feira (31). Além dos 12 réus, serão ouvidas 24 testemunhas. Nos dias 18, 20, 24, 25 e 26 de abril as audiências serão apenas com as testemunhas.
Em abril, todos os réus serão ouvidos. São eles: o ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf; de Fazenda Marcel de Cursi; de Planejamento, Arnaldo Alves; o ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”; o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Araújo; o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto; o advogado Levi Machado de Oliveira; o ex-presidente da Metamat, João Justino Paes de Barros; e os empresários Antônio Rodrigues Carvalho, Alan Malouf e V.P.
Foro privilegiado
Dentre as testemunhas arroladas, os procuradores do Estado José Luiz Leite Lindote,Fabiola Paulino Garcia Perreira Cardoso, Alexandre Luis César e Patryck de Araújo Ayala também devem ser ouvidos.No entanto por terem foro privilegiado poderão escolher entre os dias 20, 24, 25 e 26 de abril para prestarem depoimento à Vara Contra o Crime Organizado.
Confira o cronograma das oitivas
Dia 18 de abril de 2017 — testemunhas arroladas pelo Ministério Público do Estado:
– Filinto Müller
– Maria Auxiliadora de Moraes (comum à defesa do acusado Silvio Cezar Corrêa Araújo)
– Pedro Jamil Nadaf Filho
Dia 20 de abril de 2017— testemunhas arroladas pelas defesas do réu Arnaldo Alves de Souza Neto:
– Regiane Berchiela
– Carla Cristina Araújo Vasques Moreno
– Vinia Stocco
– Naldymar Nascimento Rosa
– Alexandra C. Mensch Fachone (comum à defesa de Marcel Souza de Cursi)
Dia 24 de abril de 2017 — testemunhas arroladas pelas defesas do réu Francisco Gomes de Andrade Lima Filho:
– José Vitor da Cunha Gargalione (Procurador do Estado aposentado)
— do réu SILVIO CEZAR CORREA ARAUJO:
– Arnaldo da Guia Taques (comum à defesa de Marcel Souza de Cursi)
– Sebastião Faria (comum à defesa de Marcel Souza de Cursi)
— do réu João Justino Paes de Barros:
– Ayrton Lellis Raffa Junior
— do réu Alan Ayoub Mallouf:
– Beatriz D’Ambros
Dia 25 de abril de 2017 — testemunhas arroladas pelas defesas do réu Alan Ayoub Mallouf:
– Silbene Mello Moreira
– Gracieli Pizzatto
— do réu V.A.P.
– Aline Herane Ziolkowski
– Ewerton Maiko Nunes
– Eronir Alexandre
— do réu Levi Machado De Oliveira
– Juares Silveira Samaniego
Dia 26 de abril de 2017 — testemunhas arroladas pelas defesas do réu Levi Machado De Oliveira:
– Ademir Campos Martins
— do réu Marcel Souza de Cursi
– Roosevelt Alves Filho
– Valdir Simão
– Fernando Siqueira
– José Alves Pereira Filho
Dia 05 de maio de 2017 — ocasião em que deverão serão interrogados os réus:
– Afonso Dalberto
– Antonio Rodrigues Carvalho
– João Justino Paes de Barros
– Dia 16 de maio de 2017 — ocasião em que serão interrogados os réus:
– Pedro Jamil Nadaf
– Silval da Cunha Barbosa
– Marcel Souza de Cursi
Dia 18 de maio de 2017 — ocasião em que serão interrogados os réus:
– Franciso Gomes de Andrade Lima Filho
– Silvio Cezar Correa Araujo
– Arnaldo Alves de Souza Neto
Dia 26 de maio de 2017 — ocasião em que deverão serão interrogados os réus:
– Levi Machado de Oliveira
– Alan Ayoub Malouf
– V.A.P.
Entenda o caso
A 4ª fase da Operação Sodoma foi deflagrada no dia 26 de setembro de 2016, onde uma nova prisão preventiva contra Cursi foi decretada pela juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda.
O foco da Operação Sodoma é o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa, durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.
O alvo das investigações nesta fase da Sodoma foi um esquema de cobrança de R$ 15,8 milhões envolvendo a desapropriação de uma área de 55 hectares situada no bairro Jardim Liberdade em Cuiabá que custou aos cofres públicos o valor aproximado de R$ 31 milhões. O imóvel estava avaliado em R$ 17,8 milhões.
Do total supostamente desviado, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) teria lucrado R$ 10 milhões e repassado o dinheiro a V.P. por meio da empresa SF Assessoria, do empresário e delator Filinto Muller, como pagamento de uma dívida de campanha eleitoral.