Jurídico

Audiências de ex-secretários e ex-procurador do Estado são marcadas para maio de 2018

As audiências da segunda fase da ação penal derivada da Operação Seven, que apura a compra de um terreno de R$ 7 milhões no Lago de Manso, ficaram para maio de 2018. A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado, fará as oitivsa nos dias 2, 3, 8, 9, 10 e 15 de maio, com previsão de início sempre às 13h30 no Fórum de Cuiabá. A decisão circulou no Diário de Justiça desta segunda-feira (06).

Entre as testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual para serem ouvidas em maio estão empresários donos de cartório, ex-secretários de governo e um ex-procurado do Estado. Foram convocados pela justiça: Egnaldo da Silva Gois, José Gonçalo de Souza, João Bertoli, João Bertoli Filho e Benedito Bento Sobrinho, Gerson Dalcanale, Michael Malouf, Fernando Salgado, Fernando Metello Gomes de Almeida, Clovis Rodrigues Taques de Andrade, Luciano Luiz Brecovici,  Bettânia Maria Gomes Pedroso Herlos, Narjaira Barros, Davi Ferreira Botelho, Fernando Siqueira, Ondina E. S. de Amorim Lima, Valdir Simão, Odirlei Reichordt Marco Antonio Sales Carvalho, e Jean Jackes do Carmo.

Como alguns dos intimados moram em outras cidades, foram determinados envios de cartas precatórias para as comarcas de Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e Barra do Garças (MT) para a oitiva das testemunhas Edmundo Pedroso, Adriano Azevedo de Araújo, Fernanda Valentina Pereira Nunes, André de Souza Azambuja, Rubens Mota da Silva e Juliano Bueno Mendes Terra.

Já os réus André Luiz Marques de Souza (colaborador), Afonso Dalberto (ex-secretário de Planejamento), Pedro Jamil Nadaf (ex-secretário da Casa Civil), João Justino P. de Barros, Filinto Correa da Costa, Filinto Correa da Costa Junior, João Celestino da Costa Neto, Luciano Candido do Amaral, Marcel Souza de Cursi (ex-secretário da Sefaz), Roberto Peregrino Morales, Marcos Amorim Da Silva, Antonia Magna Batista Da Rocha e Francisco Gomes De Andrade Lima Filho (o Chico Lima) deverão ser ouvidos nos dias 9, 10 e 15 de maio.

Entenda o caso

A Operação Seven, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), identificou a formação de um grupo no primeiro escalão do governo de Mato Grosso que desviou R$ 7 milhões com compra de terreno. O esquema seria liberado pelo ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário Pedro Nadaf e o ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho.

Segundo o Gaeco, as investigações começaram quando o Estado fez pedido para a aquisição de um terreno em zona rural, que seria acrescido ao Parque Estadual Águas do Cuiabá. O processo de compra teria passado por vários órgãos estaduais, como a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e de Administração (extinta SAD), Casa Civil e Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), nos quais foi avaliado por técnicos como aprovado. No entanto, a investigação descobriu que a área já pertencia ao Estado. O terreno mede 721 hectares e foi vendido por R$ 4 milhões.

O Gaeco também investigou a compra de uma moto BMW, modelo R 1200 GS, de 2015/15 pelo ex-procurador Chico Lima. O veículo teria sido adquirido com o dinheiro recebido do esquema.

Na segunda fase da Seven, treze pessoas foram denunciadas por participação no esquema de lavagem de dinheiro. São elas: os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda); o médico Filinto Correa da Costa e seus dois filhos; o advogado João Celestino da Costa Neto e o empresário Filinto Correa da Costa Junior e o ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho.

 

Redação

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