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Audiência sobre desvios de R$ 9 milhões da AL é adiada para outubro

A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado adiou para o mês de outubro uma audiência que seria realizada nesta sexta-feira (4) acerca da ação penal derivada da segunda fase da Operação Ventríloquo, denominada Filhos de Gepeto.

O processo se trata de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa em um esquema supostamente composto pelo ex-deputado José Geraldo Riva, Anderson Flavio de Godoi, Luiz Marcio Bastos Pommot, Joaquim Mielli Camargo, Romoaldo Junior (PMDB).

O motivo é por conta de uma testemunha arrolada pelo Ministério Público Estadual (MPE), Luiz Fernando Piran, que está em viagem. Com isso a audiência ficou marcada para o dia 6 de outubro. O despacho da decisão é desta quinta-feira (3).

Nesta ação incidente da Ventríloquo,  o ex-chefe de gabinete de Romoaldo, Francisvaldo Mendes Pacheco, que responde pela prática dos crimes de constituição de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, figura como réu principal. Já no polo passivo o advogado Júlio Cesar Domingues Rodrigues responde pela prática de extorsão.

Segundo a denúncia do MPE, logo após a deflagração da primeira fase da Ventríloquo, em julho de 2015, já sabendo que tinha sido expedido em seu desfavor mandado de prisão preventiva, Julio Cesar Domingues Rodrigues constrangeu o deputado estadual Romoaldo Júnior, mediante ameaça de entregar à Justiça o áudio de uma conversa entre ambos, a lhe entregar a quantia de R$ 1 milhão.

Francisvaldo é acusado de integrar a organização criminosa e teria se beneficiado de R$ 300 mil.

Operação Ventríloquo

A Operação Ventríloquo foi deflagrada pelo Gaeco em 2015, para investigava o desvio de cerca de R$ 10 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa, entre os anos de 2013 e 2014. Segundo os fatos apurados à época, as fraudes envolveriam a simulação de pagamentos de uma dívida ao banco HSBC. A quadrilha seria chefiada pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva.

Na operação eram investigados os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa. O servidor da ALMT, que trabalhava no gabinete do deputado Romoaldo Junior, Francisvaldo Mendes Pacheco, foi citado por um empresário que teria concedido diversos empréstimos a ele, que teria pagado a dívida utilizando contas bancárias de terceiros. O fato ocorreu quando Romoaldo Junior estava na presidência da casa. 

Francisvaldo é réu em processo por desvio de R$ 9,4 milhões na Assembleia Legislativa e agência dupla em shows em Mato Grosso e no Brasil

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