Cidades

Atrasos na reforma e construção de hospitais geram transtornos em MT

Foto: Ednei Rosa

Marcada pelo caos e falta de assistência básica tanto aos profissionais quanto aos usuários, a saúde pública é um dos assuntos mais abordados, quanto à eficiência dos poderes executivos do Estado e dos municípios. Em Cuiabá, há três casos emblemáticos que ainda geram dúvidas quando se trata dos projetos: Hospital Central, Hospital Universitário e Pronto-Socorro.

O caso mais grave dentre eles é o do Hospital Central, que está há mais de 20 anos à espera de conclusão. Durante este tempo, as obras, que se encontram praticamente em ruínas, foram retomadas apenas duas vezes, apesar de inúmeras promessas dos gestores estaduais eleitos.

O governador Pedro Taques (PDT) apresentou no primeiro mês de mandato um projeto para retomar as obras na intenção de concluí-las. A expectativa é que se construa o novo Centro Materno-Infantil, com 200 leitos e com capacidade de realizar até 500 partos por mês.

Durante a reunião que definiu o projeto da unidade de saúde, Marco Bertúlio disse que o governo estuda firmar parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para que a instituição faça a gestão dos serviços da unidade. “Será um hospital de referência e que atenderá exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde. A proposta do hospital está contextualizada dentro das necessidades da população de Mato Grosso e será a coroação de toda uma ação do Estado”.

Hospital Universitário – Iniciadas em 2012, as obras do Hospital Universitário estão paralisadas desde outubro de 2014, devido ao não cumprimento do calendário por parte da construtora responsável pela obra. Agora, outro processo licitatório deve ser feito, no entanto ainda não há previsão para que isto ocorra.

Segundo a assessoria da UFMT, foi repassado pelo governo federal o valor de R$ 60 milhões, sendo que R$ 10 milhões já foram consumidos na obra que está apenas 10% pronta. A entidade não soube explicar porque a construtora não cumpriu o calendário firmado durante a licitação, mas que a estimativa é que as obras sejam normalizadas e retomadas no segundo semestre deste ano.

Pronto-Socorro – O terceiro andar do Pronto-Socorro da capital (PSM) iniciou as obras no final de março de 2014, e tinha previsão para ser concluído em 180 dias. Porém isto não ocorreu. Segundo a Secretaria de Comunicação de Cuiabá (Secom), devido a contratempos com o acabamento da obra, a empreiteira não conseguiu finalizar o serviço dentro do prazo estipulado.

Se pronto, o andar atenderá à Ala Pediátrica do Hospital. Até o momento, 70% das obras estão concluídas e a previsão é que em março deste ano a parte estrutural seja entregue pela empreiteira, no entanto os serviços de atendimento à população devem ocorrer apenas a partir de abril.

O extrato do contrato com a empresa X Nova Fronteira Construções Ltda. foi publicado no Diário Oficial de Contas no dia 12 de março e a ordem de serviço foi autorizada pelo antigo secretário municipal de Saúde Werley Peres. O valor do contrato para a reforma é de R$ 2,9 milhões.

RAIO X:

HOSPITAL CENTRAL

Início das obras: 1984

Previsão inicial de entrega: 1986

Paralisação: por duas vezes, uma em 1987 e outra em 1991

Previsão atual de entrega: junho de 2016

Áreas de atendimento: pediatria e maternidade

Investimento: projeto ainda está em estudo, mas a estimativa é que se gaste em torno de R$ 30 milhões

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Início das obras: 2012

Previsão inicial de entrega: maio de 2015

Paralisação: novembro de 2014

Prazo atual de entrega: desconhecido

Áreas de atendimento: foi planejado para ser um hospital geral, com clínica médica, pediatria, gineco-obstetrícia, cirurgia, UTIs, alta complexidade (como hemodinâmica e ressonância magnética) e outros.

Investimento: R$ 116 milhões

3º ANDAR DO PRONTO-SOCORRO (PSM)

Início das obras: março de 2014

Previsão inicial de entrega: agosto de 2014

Paralisação: a obra sofreu atrasos devido a ‘contratempos’ por parte da empreiteira

Prazo atual de entrega: março de 2015

Áreas de atendimento: Pediátrica

Investimento: R$ 2,9 milhões

Noelisa Andreola

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