Cidades

Ato vai debater os altos números da violência contra à mulher em Cuiabá

Uma triste realidade vai marcar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), em Mato Grosso.  A cada três dias uma mulher é morta e somo um dos estados campeões em feminicídio nos país – um dos locais onde as mulheres têm a pior qualidade de vida no Brasil e são expostas a um dia dia marcado por agressões domésticas, estupros, assédios constantes e no piores dos casos, homicídios. Em dois meses 16 mulheres já foram assassinadas, quatro apenas na Capital.

 Na próxima quinta-feira, o Coletivo de Mulheres de Cuiabá, com apoio do Partido Verde (PV), irá realizar um grande ato contra a violência à mulher, na praça Alencastro, Centro de Cuiabá. A ação está marcada para ter inicio às 8hs, e contará com a participação de vários movimentos feministas. Só 2018 já foram registrados 16 feminicídios em Mato Grosso, nove desses casos foram praticados dentro da residência da vitima ou parentes.

O assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero recebeu uma designação própria: feminicídio. No Brasil, é também um crime hediondo. Nomear e definir o problema são passos importantes, mas para coibir os assassinatos femininos, é fundamental conhecer suas características e, assim, programar ações efetivas de prevenção. 

De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, somente nesses dois primeiros meses do ano, já foram registrados 16 homicídios contra mulheres, sendo 4 em Cuiabá, 1 em Várzea Grande e restantes em outros municípios. Dos casos registrados 13 foram caracterizados com crimes passionais, com ligação de gênero direta.  

Uma das coordenadoras do evento, Cleia Diva, alerta que o feminicídio é a expressão fatal das diversas violências que podem atingir as mulheres em sociedades marcadas pela desigualdade de poder entre os gêneros masculino e feminino e por construções históricas, culturais, econômicas, políticas e sociais discriminatórias.

“Devemos lutar por nossos direitos, e o Nosso slogan é, “Não queremos flores, queremos respeito”. Vivemos em uma sociedade que mesmo com o desenvolver de suas culturas e condições éticas, ainda é bastante machista, referente às mulheres e sua fragilidade”, pontua.  
Casos

Um dos casos que mais chocou a população foi a morte de jovem grávida de sete meses, Viviane da Silva Ângelo, 18. O Instituto Médico Legal (IML) apontou como causa do óbito traumatismo craniano em consequência por golpes sofridos na face e no crânio. 

No laudo pericial ficou claro que a jovem foi covardemente assassinada e o relatório explica as agressões que a jovem sofreu antes de ter a vida ceifada, "ficando claro traumas concentrados na face e no crânio da jovem provocados por objeto contundente" aponta o IML. O corpo de Viviane foi encontrado em avançado estado de decomposição próximo ao Rio Coxipó, em Cuiabá-MT.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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