"Estamos diante de um indivíduo extremamente determinado, com muito sangue frio e objetivos extremamente definidos", disse o promotor, lembrando que o criminoso cometeu atos com mortes de quatro em quatro dias.
Em 11 de março, o atirador roubou a moto que usava no ataque à escola, deixando um militar morto. Na última quinta (15), atirou em outros três soldados em Montauban, próximo a Toulouse, que perderam a vida.
A Promotoria ainda mostra como indícios de uma ação coordenada o uso da mesma moto e pistola, além das mortes terem sido com disparos muito próximos da cabeça.
NEONAZISTA
Os investigadores ainda suspeitam que ele pode ser integrante de um grupo de três militares expulsos do Exército francês em 2008 por comportamento neonazista. A hipótese foi aberta pelo ataque à escola judaica e pela origem dos soldados mortos na quinta, todos provenientes do Magreb, no noroeste da África.
Apesar de a televisão francesa ter anunciado que esta possibilidade havia sido descartada, a Promotoria continua avaliando a pista. O grupo ainda ouviu testemunhas dos três ataques.
"Enquanto estivermos à frente da investigação, todas as pistas serão aprofundadas, nenhuma abandonada até que o autor seja preso".
Os investigadores ainda trabalham com a hipótese de que o atirador teria gravado as ações, já que uma testemunha disse ter visto uma câmera na mão do indivíduo e ele aparece com uma alça em torno do peito nas imagens do sistema de segurança.
O suspeito seria um homem de 1,75 m de altura, magro e que selecionou as vítimas com precisão.
Fonte: FOLHA.COM | AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS