O atirador da boate Pulse, em Orlando, alertou à polícia que tinha bombas como as usadas nos ataques na França, de acordo com transcrições de suas conversas com autoridades durante o tempo em que esteve dentro do clube, há dois fins de semana.
Segundo as gravações divulgadas, foi ele quem ligou para o número da polícia por volta das 2h30 do dia 2 de junho, meia hora após o início do ataque. Ele quase que imediatamente desligou o telefone.
Em outras ligações, ele jurou aliança ao grupo extremista Estado Islâmico e disse apoiar os irmãos Tsarnaev, responsáveis pelo atentado à Maratona de Boston, em 2013.
De acordo com a procuradora-geral, Loretta Lynch, as partes em que ele diz apoiar o grupo extremista não serão divulgadas para não "aumentar a propaganda".
Na primeira das transcrições Divulgadas, Mateen aparece citando uma oração em Árabe, para depois completar, em inglês: "Oi Orlando, eu sou o atirador."
Após o contato inicial, Mateen teve outras três conversas com o negociador da polícia de Orlando, totalizando 28 minutos.
Nessas conversas, ele chama a si mesmo de soldado islâmico e que disse ao negociador que os Estados Unidos parassem de bombardear a Síria e o Iraque, que eram os motivos "pelo qual estou aqui agora".
"Existe um veículo do lado de fora com algumas bombas, só para te avisar. Vocês vão entender, e eu vou detoná-la caso tentem algo estúpido", teria dito o atirador.
Ele também disse que estava usando uma vestimenta, descrita como "aquela usada na Franmça", em uma aparente referência aos ataques terroristas de Paris, em que alguns vestiam coletes com explosivos.
Os comentários mostram porque a polícia estava preocupada com a possibilidade de explosões na boate. Uma análise subsequente de seu corpo e do veículo utilizado, porém, não encontrou bombas, de acordo com as autoridades. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte: G1