Ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 20 pessoas e deixaram mais de 80 feridos neste sábado, 22, segundo informações de autoridades de saúde locais reportadas pela Reuters. Em resposta, o Hamas emitiu um comunicado exigindo a intervenção urgente dos mediadores e pressionando os Estados Unidos a garantirem o cumprimento do acordo de cessar-fogo.
Testemunhas e paramédicos relataram que as ações militares atingiram um veículo no bairro de Rimal e residências em Deir Al-Balah e no campo de refugiados de Nuseirat. O grupo palestino afirmou que as “violações sistemáticas” por parte de Israel levaram à morte de centenas de pessoas e resultaram na alteração das linhas de retirada em desacordo com os mapas previamente aprovados.
As Forças Armadas de Israel justificaram a ofensiva afirmando que um homem armado utilizou uma rota humanitária para acessar território sob controle israelense, ato classificado pelos militares como uma quebra do acordo. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu solicitou aos mediadores que insistam para que o Hamas cumpra sua parte, devolvendo reféns mortos e concluindo o desarmamento.
Um representante do Hamas negou a acusação sobre o atirador, chamando-a de “desculpa para matar”. O grupo declarou rejeitar tentativas do governo Netanyahu de impor fatos consumados que contradizem o pacto e demandou que Washington cumpra seus compromissos para impedir que o curso do acordo seja minado.
O cessar-fogo, iniciado em 10 de outubro, encerrou dois anos de conflito na região. As trocas de acusações sobre o descumprimento da trégua têm sido frequentes nas últimas seis semanas, ameaçando a estabilidade do acordo que permitiu o retorno de palestinos a áreas de Gaza.



