Um ataque fora do Parlamento britânico, em Londres, deixou uma mulher morta e vários feridos na tarde desta quarta-feira (22). Importantes veículos de imprensa britânicos, como BBC, "The Guardian" e Sky News têm a informação de que um policial também morreu, o que ainda não foi oficialmente divulgado pelas autoridades. A polícia britânica trata o incidente como um ataque terrorista até que a motivação dos disparos seja esclarecida.
Um carro que passava pela Ponte de Westminster atropelou um grupo de pessoas. O suspeito deixou o veículo preto e avançou em direção ao Parlamento, atingindo um policial com uma faca. Pouco depois, foram ouvidos disparos. O agressor foi baleado pela polícia.
"Os policiais, incluindo policiais armados, permanecem no local e estamos tratando isto como um incidente terrorista até que tenhamos informações contrárias", disse a polícia em comunicado. Um policial foi esfaqueado e um carro que passava pela Ponte de Westminster, que é vizinha ao prédio do Parlamento, atropelou um grupo de pessoas.
Uma mulher foi retirada do rio Tâmisa viva após o ataque, informou a Autoridade Portuária de Londres (PLA). Ela está recebendo tratamento para ferimentos graves.
Até o momento, não há um balanço oficial de vítimas e as informações ainda estão desencontradas.
O serviço de resgate de Londres afirmou ter socorrido dez pessoas. Um fotógrafo da Reuters afirma ter visto cerca de uma dezena de pessoas machucadas na Ponte de Westminster. Já um funcionário do Parlamento contou que duas pessoas tinham sido baleadas. A mídia francesa afirma que três estudantes franceses estão entre os feridos.
Premiê
A premiê britânica Theresa May presidirá uma reunião do comitê de emergência Cobra, integrado pelos principais ministros do país. May tinha participado da sessão semanal de perguntas ao governo na Câmara dos Comuns antes do ataque.
A polícia foi chamada por volta de 14h40 (11h40, no horário de Brasília). Os agentes isolaram o local e as atividades parlamentares foram suspensas. Um porta-voz da Câmara dos Comuns indicou à AFP que os deputados foram mantidos no interior do Parlamento por "segurança".
A polícia pede para a população evitar a região e entrar em contato com a polícia caso tenha alguma informação que ajude a esclarecer o incidente.
Testemunhas
O editor de política da agência Press Association, Andrew Woodcock, conseguiu ver a cena da janela do seu escritório. Ele disse à BBC que ouviu gritos e, quando olhou para fora, viu um grupo de mais de 40 pessoas correndo. "Eles pareciam estar fugindo de alguma coisa”, afirmou.
"Quando o grupo chegou ao Carriage Gates, onde os policiais estavam na entrada de segurança, um homem saiu correndo da multidão e entrou no pátio. Ele parecia estar segurando uma faca de cozinha. Eu ouvi o que soou como tiros”, declarou.
Depois disso, Woodcock disse ter visto duas pessoas deitadas no chão e outras correndo para ajudá-las.
Um antigo ministro polonês de Relações Exteriores fez imagens logo após o ataque, segundo a BBC.
A primeira-ministra britânica Theresa May vai liderar um gabinete de crise para administrar a situação.
O Departamento de Estado norte-americano informou que está monitorando o incidente. O Parlamento escocês vai reforçar a segurança embora não tenha recebido nenhum tipo de ameaça específica. O debate sobre a realização de um segundo referendo sobre a emancipação da Escócia do Reino Unido foi adiado após o ataque em Londres.
Alerta
O incidente ocorreu no primeiro aniversário dos ataques em Bruxelas, na Bélgica. O Reino Unido está em seu segundo maior nível de alerta, o que significa que um ataque de militantes é considerado altamente provável, segundo a Reuters.
Em maio de 2013, dois britânicos islâmicos esfaquearam e mataram o soldado Lee Rigby em uma rua no sudeste de Londres.
Em julho de 2005, quatro britânicos islâmicos mataram 52 pessoas e a si próprios em um ataque suicida ao sistema de transporte da capital britânica no que foi o pior ataque de Londres em tempos de paz.