Um funcionário afirmou que houve 12 disparos de mísseis contra o hospital Al Aqsa na cidade de Deir el-Balah, atingindo a unidade de terapia intensiva e o departamento cirúrgico. Segundo a Associated Press, metade dos feridos eram funcionários do hospital.
O Exército de Israel afirmou que está apurando o caso. Na semana passada, o hospital Shifa, em outra região de Gaza, havia sido bombardeado.
Fayez Zidane, médico no hospital, afirmou que os disparos atingiram os terceiro e quarto andares, bem como a recepção. "Os ataques ainda estão ocorrendo", afirmou.
O distrito de Al Aqsa foi um dos visitados pelo papa Francisco quando ele esteve na Terra Santa no fim de maio.
No domingo, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pediu "a imediata cessação de hostilidades" na faixa de Gaza e expressou sua "séria preocupação" com a escalada da violência na região.
Desde o dia 8 de julho, mais de 500 palestinos já morreram, incluindo cerca de 100 crianças, e cerca de 3.000 ficaram feridos no conflito em Gaza. O número de mortos aumentou depois do massacre de Shejaiya, neste sábado, o dia mais sangrento.
São 13 os israelenses mortos nos conflitos até o momento. O governo de Israel desmentiu o sequestro de um soldado por parte do Hamas.
O ministro israelense da Defesa, Moshé Yaalon, disse que a "operação continuará até que seja retomada a calma" no sul do país e não excluiu a convocação de mais reservistas "se for necessário".
Em comunicados divulgados nesta segunda, vários líderes do Hamas reiteraram sua intenção de seguir adiante com sua luta armada para resistir à ofensiva militar que Israel iniciou em 8 de julho, e que a comunidade internacional procura interromper.
Sami Abu Zuhri, porta-voz do grupo na faixa de Gaza, disse que os "esforços internacionais para se conseguir um cessar-fogo têm como objetivo retirar Israel da difícil situação na qual se encontra".
"A resistência armada não cederá às pressões e ditará suas próprias condições através de sua superioridade no terreno", defendeu Abu Zuhri.
O ex-primeiro-ministro palestino Ismael Haniyeh, do Hamas, afirmou que "o inimigo está sendo derrotado nas fronteiras e a resistência armada irá satisfazer as demandas de nosso povo".
UOL