Política

Assembleia vai chamar diretor da PJC para esclarecer suposto uso político da Defaz

O diretor-geral da PJC (Polícia Judiciária Civil), delegado Mário Dermival Aravechia de Resende, deverá ser chamado pela Assembleia Legislativa para dar esclarecimentos sobre o conteúdo de denúncia que aponta suposto uso político da Defaz (Delegacia Especializada de Crimes Fazendários).

A informação foi dada pelo presidente do Legislativo, Eduardo Botelho (DEM). Inicialmente, o convite não se estende aos investigadores que teriam se negado a direcionar a apuração da compra de votos, na Câmara de Cuiabá, ao prefeito Emanuel Pinheiro, autor da denúncia. O esquema teria sido montado para aprovar a cassação do mandato do vereador Abílio Júnior (PSC).

“Nós vamos chamar o delegado da polícia. É um momento um pouco complicado, final de ano, nós temos uma agenda apertada [de votação em plenário], não sei se vamos fazer isso [incluir os dois investigadores no convite de oitiva].

Ontem (5), o vereador Juca do Guaraná (Avante) protocolou no Legislativo a documentação que tentou anexar ao processo de cassação Abílio Júnior, mas foi recusada pelo presidente da Comissão de Ética, vereador Toniho de Souza (PSD). Segundo ele, são fotos, vídeos e planilha de acompanhamento de entrada e saída de pessoas do residencial em que mora, em Cuiabá, onde teria ocorrido encontro do suposto esquema. 

Fonte ouvida pelo Circuito Mato Grosso disse que Juca do Guaraná também protocolou um vídeo que mostraria a suposta armação do depoimento da servidora, ouvida na Comissão de Ética e Decoro no processo de cassação, que fez a denúncia sobre a compra de votos por R$ 50 mil a cada vereador.
Juca teria recebido os vereadores da base e o prefeito Emanuel Pinheiro numa festa de confraternização em 21 de novembro, cinco dias antes da oitiva da servidora à Comissão de Ética.

No início desta semana, a direção da PJC transferiu os investigadores Anderson Veiga e Lindomar Tofoli para postos mais burocráticos na Diretoria Metropolitana de Cuiabá. Eles apareceram como os oficiais que teriam sido pressionados a direcionar a investigação da Defaz. A Polícia Judiciária nega ligação entre esses fatos.
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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