Secretaria de Administração e Patrimônio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) solicitou a troca da garçonete Vânia Cristina Ribeiro de Moraes, após sua prisão durante a Operação Bloodworm, realizada pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), sob acusação de pertencer ao Comando Vermelho.
A informação foi divulgada pelo site Primeira Página do Estado (MS). De acordo com o Poder Legislativo, ela era contratada de empresada terceirizada e não tinha antecedentes criminais quando foi admitida.
“Embora com excelente conduta na rotina diária, a ALMT disse que foi solicitada a substituição da funcionária à empresa prestadora de serviço”, diz trecho da nota divulgada.
A Operação Bloodworm foi deflagrada no dia 5 de maio e cumpriu 92 mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão, nas cidades sul-mato-grossenses de Campo Grande, Ponta Porã, Coxim, Dourados, Rio Brilhante, Sonora, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso e Dois Irmãos do Buriti e também nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, Goiânia/GO, Brasília/DF, Paulo de Faria/SP, Várzea Grande/MT, Cuiabá/MT, Sinop/MT, Cáceres/MT, Marcelândia/MT, Primavera do Leste/MT, Vila Bela da Santíssima Trindade/MT e Mirassol d’Oeste/MT.
Segundo as investigações, Vânia Moraes é casada com a segunda principal liderança da organização criminosa no Estado vizinho, além de ser mãe de outros integrantes importantes da facção criminosa. Conhecida como “Dona Vânia”, era responsável por cooptar novos integrantes para a facção criminosa, além de policiais penais para a entrada e permanência de aparelhos celulares em presídios.
A prisão de "Dona Vânia" ocorre no mesmo mês em que o deputado estadual Wilson Santos (PSD) causou polêmica ao afirmar que existiriam deputados da Assembleia ligado ao crime organizado. Segundo ele, a informação foi dada pelo ex-secretário de Segurança Pública (SESP), Alexandre Bustamante, durante as eleições do ano passado.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) abriu notícia de fato para apurar as declarações.