O julgamento foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da Capital e a sentença causou comoção nos familiares e pessoas que acompanharam o julgamento desde as primeiras horas da manhã de hoje.
A família esperava uma pena maior, mas ainda assim se sentiu aliviada com a condenação de Carlos. “Graças a Deus ficamos com a sensação de que a Justiça foi feita”, declarou o avô da criança, o repórter fotográfico Luis Alves.
Durante julgamento o advogado de defesa do réu, Jorge Henrique Franco Godoy tentou desqualificar os depoimentos de testemunhas que viram o momento em que Carlos carregava o garoto Ryan nos braços, minutos antes de jogá-lo da cabeceira da ponte sobre o rio Cuiabá.
Godoy argumentou que as provas apresentadas pela acusação eram falhas e chegou a insinuar que o pai de Ryan, pudesse ter sido o autor do duplo homicídio.
O advogado de defesa alegou ainda, que anteriormente, Carlos havia confessado o crime por ter sido torturado e pressionado por policiais. Em depoimento, o acusado também defendeu a tese de que havia sido coagido a confessar a autoria dos crimes.
“Sou inocente. Só confessei o crime porque eu estava sofrendo ameaças e agressões. Eu sofri muita pressão psicológica e os policiais me diziam que se eu confessasse o crime seria melhor pra mim”, declarou Carlos.
Julgamento
O julgamento teve início as 8h da manhã de hoje, quando começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação. Entre elas a mãe de Ryan e filha de Admárcia, Thassya Alves, que relatou o relacionamento conturbado que tinha com o acusado.
Também foram ouvidos um casal que passou pelo local de onde Carlos arremessou a criança da ponte. Um mototaxista que viu o momento em que o garotinho foi jogado, um amigo de Thassya e o policial que atendeu as ocorrências. Haviam sido arroladas quatro testemunhas de defesa, que foram dispensadas.
O corpo de jurados era composto por sete homens, que decidiram pela condenação do réu.
Caso
O garotinho Ryan e a avó Admárcia foram assassinados na madrugada de 11 de novembro de 2012. Carlos Henrique Carvalho, que era ex-namorado da mãe de Ryan, Thássya Alves teria cometido o crime pelo fato denão aceitar o fim do relacionamento.
Carlos atingiu Admárcia com golpes de faca e depois carbonizou o corpo da ex-sogra. Em seguida, o jovem pegou o garoto Ryan e jogou da cabeceira da Ponte Jullio Muller. O corpo do menino foi localizado já sem vida por um pescador.