Por Lucas Bellinello
A assassina ficou poucos meses na cadeia e foi cursar medicina em Campinas
A jovem condenada pelo assassinato de sua amiga, Isabele Guimarães, foi expulsa da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP), na sexta-feira (16). A medida foi tomada após várias reclamações de alunos sobre a presença em sala de aula de uma estudante envolvida em um assassinato que causou comoção nacional.
Ela e sua irmã gêmea estavam matriculadas no curso de Medicina, que atualmente tem uma mensalidade de R$ 13.878,00, conforme informações do site da instituição.
Após as queixas dos alunos, a instituição abriu uma investigação interna e concluiu que a presença da jovem, agora com 18 anos, estava causando tumulto nas aulas e poderia prejudicar a imagem da faculdade. Além disso, o crime cometido pela estudante era considerado incompatível com a essência do curso de Medicina, que tem como objetivo salvar vidas.
“A Faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), assegurando a ela o direito de apresentar recurso, em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa”, afirmou a instituição em comunicado enviado à imprensa.
Desde o ocorrido, em 12 de julho de 2020, a jovem mudou de escola devido a hostilidades e também foi alvo de agressões verbais em um salão de beleza.
O caso envolveu Isabele indo à casa de sua amiga, ambas com 14 anos na época, para fazer um bolo. As duas eram vizinhas em um condomínio de luxo em Cuiabá e frequentavam a casa uma da outra. Isabele foi fatalmente baleada no rosto pela amiga enquanto estavam no banheiro. A atiradora alegou inicialmente que foi um acidente, porém, a perícia constatou que o disparo foi intencional.
A atiradora, que era uma atleta profissional de tiro esportivo, foi condenada a 3 anos de reclusão, mas cumpriu 17 meses de detenção no Lar Menina Moça, no Complexo Pomeri em Cuiabá.