O salão de festas e parte da rua de um condomínio em Mogi das Cruzes se transformaram em um grande abismo. Segundo moradores vizinhos ao empreendimento, a construção desabou na segunda-feira (16) por volta das 18h na Rua Gramado no Conjunto do Bosque. O empreendimento estava vazio e ninguém ficou ferido. O local está interditado, assim como parte da rua. A Prefeitura informou que uma vistoria precisa ser feita na parte baixa do terreno para saber a causa do acidente. No entanto, devido a instabilidade do solo o procedimento não poderá ser feito por enquanto.
De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Nilmar de Cássia Ferreira é a construtora a responsável pelo empreendimento. “A empresa pela obra é que será responsável em preservar o que sobrou e refazer o que for necessário no condomínio.”
Nilmar esteve na manhã desta terça-feira (17) no local acompanhado do coordenador da Defesa Civil, Nelson Edson de Paula e o secretário municipal de Obras Claudio Faria de Rodrigues. Os prédios continuam em pé, mas o jardim sumiu e foi engolido pela terra. O concreto do salão de festas e as ruas rolaram morro abaixo.
O secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno também esteve no local. Ele contou que os moradores acionaram a Prefeitura no final da tarde de segunda-feira por causa de uma movimentação de terra. “Quando os funcionários da Defesa Civil chegaram ao local viram que a terra deslizou e levou 50 metros da rua, incluindo o salão de festa do empreendimento. Isso comprometeu a rede de água e esgoto, além da estrutura do prédio. Na manhã desta terça-feira, a Defesa Civil fez uma nova avaliação e percebeu que a movimentação de terra continua.”
O secretário explicou ainda que o condomínio seria entregue em 23 de fevereiro e está interditado, assim como parte da rua. “Há risco eminente de desmoronamento do prédio, então vamos isolar para ninguém ter acesso. Nesta terça-feira, desde a meia-noite já choveu 34,4 milímetros de chuva. A régua do Rio Tietê está em 3,5 metros. quando chega em 3,6 o rio transborda. por isso a defesa civil está em estado de alerta para alagamento." No entanto, Nepomuceno não soube explicar a causa do desabamento. Ele diz que para isso é necessária uma vistoria na parte baixa do terreno, o que não pode ser feita agora devido a instabilidade do solo.
A autônoma Virgínia Claudia Pascholino mora no Conjunto do Bosque I, na parte de cima da rua. “Ontem, entre 17h30 e 18h eu ouvi um barulho forte e alto. Achei que era um trovão e comecei a ver aglomeração na rua. Quando fui ver, a rua estava deslizando.”
Fonte: G1