Em Cuiabá, no total foram encontrados 0,022 ml, enquanto a primeira capital, Porto Alegre, apresentou a quantidade de 0,025 ml. E a cidade que menos teve problema foi Fortaleza com apenas 0,02 ml.
De acordo com o especialista responsável pela pesquisa, Wilson Jardim, a cafeína presente na água é quase toda excretada pela atividade humana, logo é possível determinar o quanto de esgoto foi lançado na água. E a principal preocupação são os chamados interferentes endócrinos, substâncias que afetam o sistema hormonal de seres humanos e animais.
“Entre as principais coisas que podem afetar as pessoas está o aumento no número de casos de certos tipos de câncer, ou a antecipação da idade da primeira menstruação das meninas”.

Para a professora de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Margarida Marchetto, o principal problema de Cuiabá é a falta de saneamento básico da capital, que polui os mananciais e depois acaba retornando a água para as torneiras da população.
A especialista em água potável ainda aconselha a população a fazer denúncias quando a água chega com alterações na torneira, pois é de responsabilidade da concessionária (CAB) resolver o problema. Mas também é necessária a conscientização para que não seja jogado lixo nos córregos.