Átila Pinheiros, integrante do Movimento Nacional pela População de Rua, explica que os artistas que participam do acampamento trazem várias reivindicações.Mas o que nos une é a necessidade de um espaço na cidade, especificamente no centro, no Vale do Anhangabaú, porque aqui é o território dos menores de idade em situação de rua.
Os artistas dizem que foram removidos no dia 18 de junho pela Guarda Civil Metropolitana. De acordo com Átila, o espaço na Escola de Bailado está sublocado para a Federação Internacional de Futebol (Fifa), e funciona como depósito.Tem muitos espaços ociosos na cidade, mas há uma burocracia muito grande para conseguir uma sala.
Na área do acampamento, os artistas seguem com a programação cultural voltada aos moradores de rua. Mesmo sob chuva, os artistas fazem oficinas de música, poemas, escrita, artes plásticas, ornamentos, audiovisual, palestras sobre conjuntura política e até confecção de máscaras africanas com restos de lixo. Átila conta que trabalha também com usuários de drogas.
Entre os artistas acampados estava o chileno Alonso Fleming, que pratica malabares. Ele chegou há cinco dias ao Brasil e conta que viajou para conhecer culturas e compartilhar experiências. Ele pretende fica mais dois meses no país. Assim como ele, outros estrangeiros da Colômbia e Argentina participam do acampamento.
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura, que ainda não enviou uma resposta sobre as reivindicações.
AGENCIA BRASIL