Internacional

Arquivo Nacional expõe documentos brasileiros reconhecidos pela Unesco

A mostra Arquivos do Brasil: Memória do Mundo comemora os 20 anos de existência do programa, criado pela Unesco para reconhecer como patrimônio da humanidade documentos, arquivos e bibliotecas de grande valor internacional, regional e nacional.

Os acervos brasileiros que estarão em exposição pertencem a diversas instituições, além do próprio Arquivo Nacional. O clássico filme Limite, de Mário Peixoto, sob responsabilidade da Fundação Cinemateca Brasileira, com sede em São Paulo, os manuscritos musicais de Carlos Gomes, da Fundação Biblioteca Nacional, e o Diário de Viagens do imperador dom Pedro II, do Museu Imperial, de Petrópolis, são alguns exemplos de acervos reconhecidos pelo Programa Memória do Mundo.

Entre os que pertencem ao Arquivo Nacional, serão expostos, em vitrines climatizadas, os originais de dois documentos de importância fundamental para a história do Brasil: a Lei Áurea e a sentença dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira. Com exceção de quatro filmes editados a partir dos originais, os acervos de outras instituições estão reproduzidos na mostra em cerca de 400 imagens, montadas em painéis, distribuídos por nove módulos.

“A exposição tem como objetivo tornar mais conhecido o Memória do Mundo e estimular outras instituições a inscreverem seus documentos no programa da Unesco”, explica Denise de Morais Bastos, curadora da mostra que também comemora os cinco anos de instalação do comitê nacional do programa. Segundo ela, a cada ano novos acervos são reconhecidos como patrimônio da humanidade. “Em 2012 foram nominados mais dez, mas como isso ocorreu em novembro não houve tempo hábil de incluí-los na exposição”, acrescenta.

O reconhecimento feito pela Unesco como patrimônio da humanidade se dá em três níveis: nacional (no caso, o Brasil), regional (América Latina e Caribe) e internacional. Nessa última classificação, estão enquadrados até agora apenas dois acervos brasileiros. São eles a Coleção Tereza Cristina, de fotografias que pertenceram à Família Imperial, e a Rede de Informações e Contra-Informações do Regime Militar do Brasil.

“O primeiro reúne desde fotografias que retratam a família imperial a outras adquiridas por dom Pedro II de importantes fotógrafos da época e as que foram tiradas pelo próprio imperador”, diz a curadora. Já o segundo acervo abrange uma vasta documentação pertencente a nove arquivos públicos estaduais sobre a perseguição política nos anos da ditadura.

Segundo Denise de Morais Bastos, a intenção do Arquivo Nacional é que a exposição, por seu caráter educativo, se torne itinerante, levada a outros estados brasileiros. No Rio, ela fica em cartaz até 7 de junho, com visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Visitas guiadas poderão ser agendadas pelos telefones (21) 2179-1291 e (21) 2179-1273. O Arquivo Nacional fica na Praça da República, 173, no centro do Rio.

Fonte: Agência Brasil

Redação

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