As pessoas tomam parte em um "cacerolazo" -a demonstração batendo panelas e pans- para protestar contra a ascensão do governo em taxas de serviços públicos, em Buenos Aires, em 14 de julho de 2016. Os recentes aumentos de entre 300 e 2.000 por cento tiver (Foto: STR / Telam / via AFP Photo)
Um "panelaço" ressoou na noite desta quinta-feira (14) nas ruas de Buenos Aires e de outras cidades argentinas para protestar contra a elevação das tarifas de luz, gás e telefone adotada pelo governo do presidente Mauricio Macri.
É o primeiro "panelaço" contra as políticas de Macri, que tomou posse em dezembro passado.
Na noite desta quinta, uma multidão se reuniu no Obelisco de Buenos Aires com bandeiras e cartazes, enquanto centenas de pessoas se concentravam diante da residência presidencial de Olivos, onde aguardavam o retorno de Macri da Casa Rosada, sede do Executivo.
Os manifestantes desafiavam a chuva fina que caía em Buenos Aires, enquanto também ocorriam protestos em Córdoba, Rosario, Mendoza, San Luis, San Juan, Santa Fe, Paraná, La Rioja, Neuquén, Salta e Chubut.
O governo Macri promoveu um "tarifaço" para realinhar os preços da luz, gás e telefone, que prevê reajustes de entre 200% e 2.000%, deflagrando dezenas de ações na Justiça.
Macri justifica a medida com a necessidade de se eliminar os subsídios concedidos pelo governo anterior, de Cristina Kirchner, mas é questionado por não adotar reajustes graduais.
O presidente já foi alvo de outra grande manifestação, no dia 29 de abril, convocada pelas centrais sindicais contra a demissão de trabalhadores.
Fonte: G1