A Copa do Mundo FIFA 2022 chegou ao seu final com jogos no sábado (17) pela disputa de terceiro lugar entre Croácia e Marrocos e no domingo (18) com a grande finalíssima entre Argentina e França.
No sábado os croatas comandados por Modríc derrotaram os leões do Atlas marroquinos por 2×1 no Estádio Internacional Khalifa e ficaram com a terceira colocação. Marcaram para os croatas Gvardiol e Orsic, tendo Achraf Dari convertido o gol de honra para Marrocos. O destaque fica para a seleção marroquina que terminou em quarto lugar na competição, consagrando-se como a melhor colocação da história para uma equipe do continente africano em mundiais. E a Croácia, atual vice-campeão do mundo, termina em honroso terceiro lugar.
Já no domingo a grande finalíssima no Lusail Stadium colocou frente a frente os craques do Paris Sain Germain Messi e Mbappé para saber quem seria o campeão do mundo, no caso também a equipe tricampeã do mundo, pois Argentina e França já tinham dois títulos cada uma. Os títulos da Argentina foram conquistados em 1978 (Argentina), 1986 (México) e os da França em 1998 (França) e 2018 (Rússia).
A grande final teve de tudo o que se esperava para um grande jogo, com o time platense abrindo 2×0 de vantagem com gols de Messi e Di Maria, mas deixando a França alcançar o empate no tempo normal com dois gols de Mbappé para levar a emoção total numa prorrogação em que tudo poderia acontecer. E aconteceu mesmo, com Messi marcando o 3×2 para o Hermanos e Mbappé novamente empatando de pênalti o 3×3 a 5 minutos do fim do tempo extra.
Nas cobranças de penalidades os franceses desperdiçaram duas chances com Coman e Tchouaméni. Apenas Mbappé e Kolo Muani concluiram suas cobrança frente ao goleiro Martínez, melhor goleiro da Copa do Mundo. Messi, Dybala, Paredes e Montiel converteram os tentos da marca da cal e ao final o placar de 4×2 nas penalidades decretou o triunfo maior da albiceleste.
Ao final do confronto os deuses do futebol devem ter ficado satisfeitos com a consagração de Lionel Messi, o Pulga, que foi escolhido o melhor jogador do torneio, realmente comandou com maestria uma aguerrida esquadra portenha ao tricampeonato. Messi é um fora de série que, aos 35 anos, pode ter disputado sua última Copa do Mundo, mas demonstrou em campo ser um diamante de um futebol requintado com passes perfeitos, colocações precisas, assistências milimétricas e conclusões magistrais vindas de um atleta especial e diferenciado.
Talvez tenha sido a primeira vez que toda América do Sul tenha torcido pela Argentina, incluindo os rivais históricos brasileiros, mas não se poderia deixar de torcer para uma seleção que tem um gênio da bola como Messi triunfar e com isso consagrar uma carreira mais do que vitoriosa de um gigante do futebol.
Fica a lição para Mbappé, artilheiro da Copa do Mundo, não se deve subestimar o futebol sulamericano jamais, como fez soberbamente numa entrevista em maio para dizer da supremacia europeia no futebol no mundo e que os sulamericanos seriam menos desenvolvidos na prática atual do esporte bretão. Menos garoto Kylian, menos soberba e mais humildade. O homem Messi lhe provou isso, o que todo francês deve saber da lição ensinada pela história, onde está escrito que a soberba desmedida já custou a poderosa França de Napoleão o domínio da Europa em Waterloo.
E todos os amantes e vivenciadores do futebol não devem nunca esquecer que em campo são onze contra onze e num torneio desse nível todos os times se igualam, lembrando-se aqui dos feitos da Tunísia, Arábia Saudita e Camarões, que na fase de grupos derrotaram os poderosos times da França, Argentina e Brasil.
Mas Mbappé é jovem e pode aprender muito com a lição, afinal ainda terá o maestro Messi ao seu lado no Paris Saint Germain por alguns anos. Quem sabe ele conseguirá, com o talento de Messi aliado ao seu e de Neymar, dar o tão sonhado título da Champions League aos parisienses? Com certeza terão genialidade e futebol para isso. Basta aumentar a humildade e diminuir a soberba. Quem viver verá.