A área plantada com algodão, na próxima safra, deve aumentar 11% chegando a 1.042 milhões de hectares. Quem afirma é o economista Alexandre Mendonça de Barros, da MBAgro, que apresentou nesta terça-feira (29/8), durante o 7º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo, projeções para as áreas de milho, cana e o consumo de fertilizantes no Brasil.
De acordo com Barros, o aumento da área plantada com algodão deve ocorrer principalmente na região oeste da Bahia, que já registrou aumento de área e produtividade na safra 2016/2017.
Para a soja, a MBAgro estima que a área plantada na próxima safra deva aumentar 1%, saindo dos 33.889 milhões de hectares em 2016/2017 para 34.372 milhões de hectares. Já o milho deve registrar queda, tanto na safra de verão (-8%), saindo dos 5.529 milhões de hectares para 5.106 milhões de hectares e na safrinha, de 11.862 milhões de hectares para 11.471 milhões de hectares, uma queda de 3%.
As novas áreas de cana-de-açúcar também vão decrescer 3%, de acordo com Barros, ficando em torno de 7.904 milhões de hectares. Na safra atual, a área com novos canaviais é de 8.130 milhões de hectares. Em contrapartida, a taxa de reforma de canaviais deve chegar a 47%. A expectativa é que 12 milhões de hectares recebam investimentos – atualmente essa área é de 861 mil hectares.
Alexandre Mendonça de Barros também acredita que em 2018, o Brasil possa colher a maior safra de café da história, com 60 milhões de sacas do grão. “Eu acredito muito que no ano que vem vamos ver uma safra extraordinária de café com cerca de 60 milhões de sacas de café de ótima qualidade”, afirmou.
Para finalizar, o economista projetou que até o final deste ano, o consumo de fertilizantes no Brasil deve atingir 34 milhões de toneladas. No ano passado, de acordo com a ANDA (Associação Nacional para Difusão de Fertilizantes), esse consumo foi de 34,6 milhões de toneladas.