Jurídico

Arcanjo foi condenado a 19 anos pelo assassinato de Sávio Brandão

João Arcanjo Ribeiro foi condenado no dia 24 de outubro de 2013 a 19 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri, na Comarca de Cuiabá, por ser o mandante da morte do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, dono do Jornal Folha do Estado, em 2002. O julgamento, presidido pelo juiz Marcos Faleiros, da Primeira Vara Criminal da Comarca da capital, durou mais de 10 horas.

Arcanjo recebeu quatro votos favoráveis pela sua condenação e três pela absolvição. O advogado Zaid Arbid, que atuava na defesa do ex-bicheiro, declarou que a condenação do réu já era prevista, mas destacou o fato de ele não ter sido enquadrado em crime hediondo.

Durante a leitura da sentença, o juiz disse que o júri reconheceu a qualificação do crime de mando e também de que não houve chance da vítima se defender.

Naquele dia, o promotor João Augusto Veras Gadelha, disse que a pena contra Arcanjo deveria ser maior. “Estava esperando ao menos que ele fosse condenado a 20 anos de prisão”, ressaltou.

Arcanjo, por outro lado, disse durante o julgamento que não teve qualquer envolvimento com a morte de Sávio Brandão. Mas reconheceu que atuou como contraventor, com cassinos e jogo do bicho. “Não sou santo, mas esse crime [do assassinato] eu não cometi. Não tenho as mãos sujas de sangue", concluiu o ex-bicheiro.

O crime
Foi às 15h15 do dia 30 de setembro de 2002 que dois homens em uma moto se aproximaram do empresário Sávio Brandão, que estava acompanhado de um amigo em frente à obra da futura sede do jornal Folha do Estado, no Bairro Consil, em Cuiabá. Um deles, na garupa, sacou uma pistola e disparou os tiros à queima roupa. A polícia aponta que a execução do empresário ocorreu devido às reportagens veiculadas no jornal de Sávio sobre negócios fraudulentos, irregularidades e jogatina ilegal que envolvia o então bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Redação

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