Um caso de violência chocou o mundo do futebol no último domingo. O árbitro Jose Arnolda Amaya, de 63 anos, foi espancado até a morte após mostrar o pelo jogador Juan Manuel Cruz Lorenzana após mostrar o cartão vermelho ao atleta, durante uma partida de futebol no Estádio de Toluca, em El Salvador. Segundo o jornal local El Clarín, o juíz teria sido derrubado com um chute no peito e agredido com diversos golpes até ficar inconsciente.
Segundo a publicação, Amaya chegou a ser socorrido, mas morreu no caminho para o Hospital Zacamil, na capital São Salvador. A causa do óbito foi uma hemorragia interna. Na segunda-feira, a Federação Salvadorenha de Futebol (FESFUT) divulgou uma nota repudiando veemente o episódio.
"Como federação, repudiamos todos os atos de violência que estão ocorrendo nos diferentes cenários esportivos do país", escreveu a entidade. "A FESFUT se une a dor que atinge a sua estimada família."
Lorenzana estava foragido desde o fim da partida, mas foi preso nesta terça-feira, na colônia de Miramonte. Em seu perfil no Twitter, a Polícia Nacional Civil publicou uma foto do jogador preso com a legenda "nenhum crime ficará impune".
"Este é um ato de intolerância, como muitas manifestações de violência que existem em todo o mundo em torno deste esporte, que a maioria gosta, mas que não reflete El Salvador que merecemos", disse Gustavo Villatoro, ministro da Justiça e da Segurança Pública do país da América Central.
Amaya pertencia há mais de 20 anos à Associação Nacional de Árbitros de El Salvador (AAFES), e dirigiu em torneios coloniais, colegiados e Liga Amadora na ADFA SAN SALVADOR. Ele foi enterrado nesta terça-feira em Soyapango, cidade da Região Metropolitana de São Salvador.