"Fiquei satisfeito com muitas coisas que aconteceram e um pouco chateado com outras coisas. Satisfeito com o quê? Com a mobilização que houve, com a atuação da imprensa por repassar a informação, divulgar imagens. Tem que ter coragem para expor. Muita gente não concorda com esse tipo de ação", afirmou o jogador.
"E fiquei chateado pelo que aconteceu com a casa da garota, porque não foi só ela. Ela foi a que ficou mais em evidência. Apedrejaram, ameaçaram. Até entendo que tenha muita gente engasgada que quis extravasar de alguma forma, mas um erro não justifica o outro. Se a gente quer ser uma nação mais justa, mais igual, tem que respeitar o próximo. É preciso ter cuidado porque, de vítima, a gente pode passar a agressor", acrescentou.
Exposta à exaustão desde o jogo entre Grêmio e Santos, a torcedora de 23 anos é investigada por injúria racial. Ela pediu perdão a Aranha, que disse ter aceito o pedido, mas se recusou a encontrá-la e cobrou punição a ela e aos demais torcedores que o insultaram. O jogador enfatizou não ter qualquer responsabilidade pelos problemas agora vividos por Patrícia.
"Já recebi mensagem de gente dizendo que eu estava prejudicando a vida da garota. Não, não. Quem se prejudicou foi ela quando tomou aquela atitude. Algumas pessoas tentam distorcer a coisa, levar para outro lado. Está bem claro, o vídeo mostra. Tomei a atitude que deveria ter tomado. Ouvi e relatei. As pessoas vão ser julgadas", concluiu o goleiro.
Fonte: Terra