Segundo a instituição, os manifestantes ocuparam o local por 12 horas e foram presos quando se recusaram a sair. Para a Promotoria, o protesto pretendia usar a causa a prisão dos militantes extremistas para colocar a opinião pública contra o Estado.
Os radicais islâmicos presos, chamados pelos sauditas de "desobedientes", são acusados de vinculação com a rede terrorista Al Qaeda.
Dentre os presos na manifestação, estão 28 mulheres e seis crianças. Os detidos serão processados pela Justiça saudita, exceção feita aos jovens, que serão entregues a suas famílias. A Promotoria reiterou que as manifestações no país são proibidas e que serão punidas com máximo rigor.
As prisões acontecem após dias de manifestações de grupos de mulheres de radicais islâmicos que pedem a liberação dos extremistas, que possuem forte presença no norte saudita. Segundo a Associação Saudita de Direitos Humanos, 30 mil pessoas estão presas acusadas de pertencer a grupos radicais.
O número de prisões elevado é resultado de uma ofensiva contra a atuação da rede terrorista Al Qaeda e aumentou após diversos atentados entre 2003 e 2006. Maior produtor de petróleo do mundo, a Arábia Saudita é um dos mais fortes aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Fonte: FOLHA.COM | AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS