Apresentadora britânica Charlie Webster postou uma foto em uma rede social e agradeceu as mensagens de apoio enquanto esteve internada (Foto: Reprodução / Twitter)
A apresentadora de TV britânica Charlie Webster, que adoeceu no Brasil durante a Olimpíada depois de fazer um longo percurso de bicicleta no país, não teve malária, como foi divulgado na época. Seu diagnóstico, na verdade, foi confirmado para síndrome hemolítica urêmica por bactéria, segundo comunicado divulgado pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) nesta quinta-feira (8).
Charlie deu entrada no dia 6 de agosto em um hospital do Rio de Janeiro. Na ocasião, sua assessora de imprensa disse ao jornal britânico "Daily Mail" que ela tinha contraído "uma forma rara de malária", informação reproduzida por outros meios de comunicação.
A informação chamou a atenção de especialistas da SBMT porque as regiões percorridas no trajeto da apresentadora – do Recife ao Rio de Janeiro – não tem malária.
Por isso a sociedade médica pediu informações sobre o caso para o Ministério da Saúde, que confirmou que exames de PCR e revisão das lâminas de diagnóstico realizados pela Fiocruz-RJ tinham descartado a possibilidade de malária. O diagnóstico final foi de síndrome hemolítica urêmica por bactéria produtora da toxina Shiga.
A bactéria Escherichia coli produtora de Shiga pode ser contraída pelo consumo de produtos derivados de leite, carne crua ou mal passada, água e vegetais contaminados por fezes de gado contaminado.
A síndrome hemolítica urêmica é uma das sequelas mais graves que podem aparecer devido à infecção e é caracterizada por insuficiência renal progressiva, anemia e lesão das paredes dos vasos sanguíneos. A apresentadora já teve alta e retornou para seu país.
Fonte: G1