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Apple pede que tribunal anule ordem para desbloquear iPhone

A Apple apresentou nesta quinta-feira (25) um recurso para anular o pedido de um tribunal federal dos Estados Unidos para que ajude o FBI a desbloquear um iPhone utilizado por um suspeito em um caso de terrorismo.

"A Apple respalda firmemente e seguirá respaldando os esforços dos agentes da ordem em sua busca por justiça contra terroristas e outros criminosos", afirmou a empresa em sua resposta formal à solicitação do tribunal federal. A questão pode ir parar na Suprema Corte.

A gigante tecnológica ressaltou, no entanto, que a "ordem sem precedentes" do governo para que a Apple lhe ajude a acessar os dados em um de seus iPhones "não encontra apoio na lei e violaria a Constituição".

O telefone em questão foi utilizado por um dos autores do tiroteio de dezembro do ano passado na cidade californiana de San Bernardino, no qual morreram 14 pessoas e 22 ficaram feridas, em um caso que é investigado como como terrorismo.

A juíza federal Sheri Pym ordenou na terça-feira da semana passada que a Apple ajude os agentes do FBI a acessar os dados do telefone.
Em sua resposta formal à juíza Pym, a Apple indicou que a ordem da magistrada tem amplas repercussões e infligiriam "um dano significativo às liberdades civis, à sociedade e à segurança nacional".

Segundo a empresa com sede na cidade californiana de Cupertino, as exigências da juíza se antecipam a decisões que deveriam ser deixadas nas mãos da vontade popular expressada através de leis aprovadas pelo Congresso e ratificadas pelo presidente americano.

A Apple apresentou sua moção em um tribunal federal da Califórnia um dia antes que vencesse o prazo para apresentar sua resposta formal.

O diretor do FBI, James Comey, disse hoje que a tentativa de romper a encriptação do iPhone em um caso de terrorismo não afetará à segurança dos produtos da Apple nem assentará qualquer precedente.

Comey, que testemunhou hoje no Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, comentou que a negociação com Apple para acessar o telefone de um terrorista é "a mais dura" de sua carreira.

Fonte: G1

Redação

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