Política

Após ter reeleição anulada pelo STF, Botelho diz que não vai recorrer da decisão

O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) informou que não vai recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou a reeleição do parlamentar à presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O democrata disse que vai cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes e convocar um novo pleito para assumir o comando da Casa de Leis.

Por meio da sua assessoria de imprensa, Botelho se disse tranquilo com a decisão judicial e que ‘cumpriu a sua missão’ à frente do parlamento estadual. “Tenho certeza que muitas mudanças aconteceram para melhor”, disse o democrata.

No início da tarde desta segunda-feira (22), o STF decidiu pelo afastamento de Botelho e de todos os membros da Mesa Diretora da ALMT que ocupavam os mesmos cargos nos biênios 2017/18 e 2019/20. Conforme Alexandre de Moraes, a data da nova eleição para a composição da mesa na Assembleia deve ser comunicada em até 48 horas.

"Concedo a cautelar, ad referendum do Plenário desta Suprema Corte, para, fixar interpretação conforme a Constituição Federal ao art. 24, § 3º, da Constituição do Estado do Mato Grosso, no sentido de possibilitar uma única recondução sucessiva aos mesmos cargos da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, e determinar a suspensão da eficácia da eleição realizada pela Assembleia Legislativa na Sessão Ordinária de 10/6/2020, bem como da posse dos parlamentares eleitos nos cargos da Mesa Diretora, que já estivessem ocupando o mesmo cargo nos biênios 2017/2018 e 2019/2020".

"Determino, ainda, a realização subsequente e imediata de nova eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso, biênio 2021/2022, vedada a posse de parlamentares que compuseram a Mesa nos biênios 2017/2018 e 2019/2020, nos mesmos cargos", complementou o magistrado.

Ação Direta de Inconstitucionalidade

A Rede Sustentabilidade foi quem ajuizou a ADI 6674, com pedido de liminar, contra norma da Constituição do Estado de Mato Grosso que autorizou a recondução de Botelho à frente da Assembleia Legislativa.

O partido pediu que o dispositivo fosse interpretado de forma que a recondução seja vedada dentro da mesma legislatura ou em legislaturas diferentes.

A Rede também argumentou que o STF já tinha se manifestado pela impossibilidade de recondução dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura.

Uma legislatura corresponde a quatro anos, e, durante esse período, são realizadas duas eleições para a mesa das casas legislativas estaduais e federais.

Segundo o partido, Eduardo Botelho teria sido eleito, em 1º de fevereiro, de forma ilegal, para exercer o terceiro mandato consecutivo.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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