Faculdade de Direito de Franca vive surto de caxumba (Foto: Reprodução/ EPTV)
Um surto de caxumba levou a Faculdade de Direito de Franca (SP) a suspender todas as aulas por 20 dias. O anúncio foi feito por meio de uma portaria publicada na segunda-feira (19) pelo diretor da instituição, Décio Antônio Piola.
O problema vem chamando a atenção das autoridades municipais desde agosto. A faculdade contabiliza ao menos 25 casos de estudantes que se afastaram das aulas em função do vírus.
Mesmo depois de informar que se tratava de um surto pontual, a Secretaria Municipal de Saúde não descarta sugerir a suspensão das aulas em outras universidades do município, também monitoradas em relação aos possíveis riscos de disseminação da caxumba.
"A nossa equipe técnica de Vigilância Epidemiológica já está investigando e conversando com outras faculdades", afirmou o secretário José Conrado Netto.
O dirigente da Saúde também alerta para a necessidade de os alunos que tiveram a doença evitarem lugares com grandes aglomerações e festas por pelo menos um mês.
Aulas suspensas
A portaria publicada esta semana pela Faculdade de Direito de Franca dispõe que todas as atividades escolares dos cursos de graduação, extensão, além de monitorias ficarão suspensas até 8 de outubro em consideração a "recomendações enfáticas" da Secretaria Municipal de Saúde.
Foram mantidas somente atividades extraclasses, como orientação de pesquisas e entrega de trabalhos, cujos prazos não foram alterados.
"Em razão da presente suspensão, o calendário escolar será alterado, inclusive com designação de novas datas para realização das provas bimestrais, as quais serão aplicadas a partir do dia 10 de outubro de 2016, salvo eventual necessidade de outras adequações do calendário escolar", anunciou o diretor.
Segundo Netto, a orientação dada pela Vigilância Epidemiológica do município segue um informe da Secretaria de Estado da Saúde, que recomenda a suspensão por aproximadamente 25 dias.
A paralisação das aulas, de acordo com o dirigente local da Saúde, é a mais recente das medidas tomadas contra o surto de caxumba na Faculdade de Direito.
A instituição também passou por campanhas de vacinação – com ao menos 800 pessoas imunizadas – e de educação contra os perigos da doença, transmitida pelo ar e pela saliva e que, se não tratada, pode evoluir para meningite. Dores de cabeça e inchaços nos gânglios são alguns dos sintomas.
"Na última semana de agosto eu comecei a sentir uma dor do lado esquerdo do rosto. No outro dia já amanheci com ele bem inchado e fui correndo pro hospital. Desconfiei, porque um amigo próximo tinha sido diagnosticado alguns dias antes", afirma Pedro Pucci, um dos universitários a terem caxumba.
Após tomar medicamentos e permanecer em repouso e sem sair de casa por 12 dias, ele se recuperou.
Estudantes devem evitar festas
Netto alerta que as medidas de prevenção e vacinação somente surtirão efeito se os alunos contaminados seguirem as recomendações médicas, sobretudo a de evitar locais com grandes aglomerações, como festas.
"Não adianta a gente fazer um bloqueio vacinal e esse aluno sair e ir para eventos, para festas universitárias. Então os alunos têm que se conscientizar e pelo menos por um mês evitar essa aglomeração de pessoas, evitar esses eventos universitários, pra ver se a gente consegue controlar a caxumba aqui no nosso grupo universitário", disse.
Fonte: G1