Um corretor de imóveis que sobreviveu a um acidente grave há cerca de duas semanas na rodovia BR-369, em Londrina, no norte do Paraná, pode se considerar vitorioso por mais um motivo: ele perdeu a mão esquerda no acidente e o membro foi reimplantado com sucesso.
O cara de bem com a vida sob o leito do hospital tem uma explicação para o que aconteceu com ele. "A sensação é ótima. A hora que eu mexi o dedo foi um milagre", diz emocionado Luiz Eduardo Viezzi.
No dia 17 de dezembro, o Luiz e mais dois amigos iam para a praia em uma caminhonete. Na estrada, o corretor contou que se distraiu ao volante e bateu em um caminhão. Foi socorrido e levado às pressas para o hospital.
A médica Flávia Porto foi quem deu o primeiro atendimento para o Luiz.
"No primeiro atendimento a gente tenta estabilizar o paciente o mais rápido possível. Conversamos com a equipe que fará a cirurgia e deixamos tudo pronto. O atendimento inicial é organizado para fazer com que o procedimento cirúrgico seja feito de forma segura e rápida", detalha a médica Flávia Porto.
O Alexandre Aoyagui é microcirurgião e veio de São Paulo para realizar a cirurgia. Foram 11 horas de trabalho para reimplantar a mão. Dias depois, outra cirurgia, para reconstituir a pele do paciente.
"É uma cirurgia complexa, mas que depende do atendimento inicial, do procedimento cirúrgico, da equipe que fará parte desta cirurgia. E muito importante também o procedimento pós-operatório", explica o microcirurgião.
O Luiz deve ter alta nos próximos dias. O médico afirma que a recuperação deve ser lenta, mas que o paciente tem chance de recuperar os movimentos dos dedos. Novas cirurgias não estão descartadas.
"Primeiro precisamos consolidar a parte óssea, para depois iniciar a fisioterapia. E isso pode demorar até dois meses. Possivelmente ele [Luiz] terá muita dor no punho devido a essa lesão, e pode ser que ele precise passar por uma nova cirurgia", detalha Alexandre Aoyagui.
Para 2016, o corretor de imóveis tem um plano. "Vou me dedicar o máximo que posso para recuperar tpdos os movimentos da mão", pontua o Luiz Eduardo Viezzi.
Fonte: G1