Nacional

Após “sermão”, pai obriga filho a pintar muro de escola

Por G1, Foto: Reprodução Acesse a matéria AQUI

Um adolescente de 16 anos, que pichou o muro de uma escola estadual em Bom Jesus dos Perdões (SP), foi alvo de um 'sermão' do pai na frente dos colegas na sala de aula e obrigado por ele a pintar o muro do colégio para reparar o dano. O caso ocorreu na última sexta-feira (10).

O pai diz que agiu por impulso ao ir na escola dar uma 'lição' no filho , mas considera ter sido uma ação necessária depois de ter ficado entristecido com a situação.

"Eu estava passando de carro e vi o apelido dele pichado com uma tinta azul bebê que eu tinha comprado para ele pintar a bicicleta. Eu falei com a minha esposa e ela contou que já sabia [da pichação], que ele tinha admitido a autoria", contou o desenhista industrial Silvio Marcelino, pai do adolescente. A pichação tinha sido feita três meses antes.

Com a confissão do menino, ele foi até a escola Professor Francisco Damante, onde o menino estuda, durante o horário de aula, e pediu ao diretor para entrar na sala.

Assim que entrou, ele pediu licença para a professora, pegou um giz e escreveu o apelido do menino como estava no muro. Depois, perguntou se alguém sabia o que significava.

"Todo mundo disse na hora que era o apelido do meu filho. Eu disse que ele tinha escrito no muro e que isso não poderia acontecer mais e, por isso, ele ia para a casa buscar a lixa e a tinta para pintarmos o muro juntos. Eu nunca tinha falado com ele sobre isso, então não sabia se ele achava normal, mas isso não é uma arte, me doeu muito essa situação", relembrou o pai. 

Para Marcelino, ir colégio falar com os alunos sobre o ato de vandalismo e impor uma 'punição' ao filho teve como motivação a certeza que o jovem nunca mais picharia, além de considerar que promoveu uma conscientização sobre o tema com os demais adolescentes.

Reparo
Depois do sermão, pai e filho voltaram para casa, fizeram a mistura da tinta para ficar parecida com o tom usado no muro da escola e pintaram o local. Quando secou, o menino fez um grafite e desenhou uma árvore no lugar onde antes estava pichado o nome.

"A educação que eu recebi do meu pai, estou passando para o meu filho. Ele é filho único, meu companheiro, não quero que ele vá para um mau caminho. Criamos o filho para o mundo, mas eles têm que ser orientados", analisou o pai. 

O estudante, que não terá o nome divulgado para ser preservado, disse que ficou um pouco constrangido, mas que entendeu a lição do pai. À reportagem ele garantiu que não irá pichar de novo. 

"Quando ele entrou na sala, nunca achei que seria por causa disso. "Ficou uma lição, não vou fazer mais. Agora, só grafite, que é uma arte", finalizou.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus